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Mundo Cristão

Evangélicos mostram marcas de torturas na China feitas pelo governo

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Evangélicos da Igreja do Deus Todo-Poderoso (CAG), que fica na China, quebraram o silêncio em relato ao site Bitter Winter, no qual afirmam que são constantemente punidos e torturados pelo governo por causa de sua fé cristã.

Li Yi (nome fictício, por segurança) relatou que foi presa duas vezes, na província de Anhui, por ter compartilhado o Evangelho anos atrás.

“Três policiais pressionaram o meu rosto no chão, enquanto um quarto estava a bater violentamente nas minhas costas e pernas com um pedaço de pau de 50 centímetros de comprimento, grosso como um rolo. Isso durou pelo menos três horas, até o meu corpo inteiro ficar preto e azul. Os policias não pararam até ficarem cansados ​​e eu perder a consciência”, disse ela.

A mulher conta que as agressões que sofreu repercutem até hoje na sua vida, e que sente dores por conta disso atualmente.

“Eles me arrastaram pelos cabelos, bateram a minha cabeça com força contra uma cadeira, o que me deixou tonta. Ainda tenho uma parte da cabeça, onde nenhum cabelo cresce. Eu continuo com dores de cabeça e dores nas costas, e a minha perna dói em dias úmidos. A dor é tão intensa, que às vezes, mal consigo me mexer”, relata.

Qin Jing (nome fictício, por segurança), foi outra vítima dos abusos cometidos pelo governo Chinês, e revelou violências ainda mais severas que sofreu.

“Os policias tiraram a minha camisa e ordenaram que eu tirasse os meus sapatos e as meias antes de me torturar num banco de tigres [um dispositivo de tortura]. Estava oito graus abaixo de zero naquele dia, e eles derramaram água fria sobre o meu corpo, enquanto as minhas mãos e os meus pés estavam algemados no banco. Os meus lábios e todo o meu corpo tremiam de frio”, lembra.

O interrogatório foi feito pela Brigada de Investigação Criminal em Anhui, em 2012, e queria descobrir informações sobre líderes da Igreja Deus Todo-Poderoso.

“Quatro policiais derramaram quatro garrafas de óleo de mostarda na minha boca e narinas. Foi tão picante! Senti uma dor extrema na boca, nariz, garganta e estômago. Parecia que estava a pegar fogo, lágrimas e muco não paravam de correr. Os meus lábios incharam, e ficaram inchados com a aparência de salsichas. Não pude comer durante algum tempo”, recorda.

Segundo a igreja, apenas em 2019, quase 4 mil membros da denominação sofreram algum tipo de ameaça ou violência do governo Chinês por conta de sua fé cristã.

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