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Ex-ministro Milton Ribeiro é preso em operação da Polícia Federal

A operação tem como alvos o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro e pastores suspeitos de montar um gabinete paralelo para liberação de verbas dentro do MEC

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Milton Ribeiro, ex-ministro da Educação, foi preso na manhã desta quarta-feira (22) - Foto: Reprodução/Facebook

O ex-ministro da Educação do governo Bolsonaro, Milton Ribeiro, foi preso, na manhã desta quarta-feira (22/06), em Santos (SP). O mandado foi expedido no âmbito de uma operação da Polícia Federal (PF) deflagrada nesta quarta. Ribeiro é pastor da Igreja Presbiteriana de Santos.

A operação, que tem como alvos o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro e pastores suspeitos de montar um gabinete paralelo para liberação de verbas dentro do MEC, tem o nome de “Acesso Pago” e tem o objetivo de investigar a prática de tráfico de influência e corrupção para a liberação de recursos públicos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), vinculado ao MEC.

O mandado de prisão preventiva expedido contra Milton Ribeiro cita os crimes de corrupção passiva, prevaricação, advocacia administrativa e tráfico de influência.

O juiz federal Renato Borelli determinou que o ex-ministro seja levado para a Superintendência da Polícia Federal em Brasília, e que a audiência de custódia seja realizada ainda nesta quarta (22/06), durante a tarde.

A Polícia Federal também cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços dos pastores Arilton Moura e Gilmar Santos. Eles são apontados como lobistas que atuavam no MEC, quando a pasta era comandada por Ribeiro.

O inquérito foi aberto após o jornal “O Estado de S. Paulo” revelar, em março, a existência de um “gabinete paralelo” dentro do MEC controlado pelos pastores.

O Jornal revelou um áudio em que o Ministro da Educação, Milton Ribeiro, diz priorizar a liberação de verbas para prefeituras cujos pedidos foram negociados pelos dois pastores.

“Porque a minha prioridade é atender primeiro os municípios que mais precisam e, em segundo, atender a todos os que são amigos do pastor Gilmar. […] Por que ele? Porque foi um pedido especial que o presidente da República fez para mim sobre a questão do Gilmar”, disse o ministro na conversa.

Após a revelação do áudio, Ribeiro deixou o comando do Ministério da Educação.

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