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Mundo Cristão

Ex-PCC no TikTok: Membros podem sair da facção ao se juntarem à Igreja

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Frank, 31 anos, se identifica como ex-integrante do PCC - Foto: Reprodução

Um relato impactante tomou conta das redes sociais nesta semana. ‘Frank’, um homem de 31 anos, compartilhou sua experiência como ex-membro do Primeiro Comando da Capital (PCC) através do TikTok.

Mais do que uma exposição do submundo do crime, o relato serve como alerta aos jovens e traz à tona o papel da igreja como refúgio e alternativa à vida no crime.

Em um dos vídeos que viralizou, Frank explica as circunstâncias restritas que permitem que alguém deixe a facção.

“Muitas pessoas me questionam: ‘Você saiu e eles não começaram a persegui-lo?’ Não é tão simples. Para sair da facção, se você for batizado, é necessário que você tenha algum problema de saúde que o impeça de desempenhar qualquer função dentro da organização. Eu não possuo essa condição de saúde. Ou, dependendo do cargo que você ocupa na organização, pode sair para se juntar à igreja”, conta.

Frank adverte que essa decisão de se juntar a uma igreja deve ser genuína. Se um membro da facção usa essa justificativa como desculpa, mas ainda mantém comportamentos ou atividades que não são condizentes com uma vida religiosa (como o consumo de drogas ou a ida a festas e baladas), esse membro sofrerá consequências, possivelmente violentas, pela falsidade.

“No entanto, é realmente para frequentar a igreja, jovens! Se você sai com o pretexto de ir à igreja, mas continua fumando cigarros, consumindo maconha, frequentando bailes funk, baladas e bebendo, você será cobrado”, relata.

Para muitos cristãos, essa menção à igreja destaca o papel vital que a fé e a comunidade religiosa desempenham na reabilitação e na reconstrução de vidas.

Frank segue detalhando sua trajetória no PCC, mencionando cargos que ocupou e processos internos. “Eu era responsável pela sintonia geral das listas negras do Estado. Eles não aceitaram minha saída e a justificaram como traição. Acrescentaram a acusação de traição à minha saída, como se eu tivesse traído a organização. Mas eu não traí ninguém”, disse.

O ex-integrante também toca em assuntos delicados sobre o envolvimento da facção no cenário político.

“A facção não é brincadeira, estão até dentro de prefeitura. Tem senador integrante, e vereador é o que mais tem. Enfim, vocês estão vendo que a situação é delicada e que logo eu vou morrer. Só de pensar nisso me dói, porque tenho cinco filhos e eu fui uma criança boa também um dia”, confessa.

Ele finaliza o vídeo com um apelo sincero sobre o poder destrutivo do crime: “Não adianta dizer que quero o ‘hype’. Como seria um ‘hype’ se ao estampar minha cara estou me enterrando? A facção não é o que a mídia retrata. Ela é um setor político. Foi nisso que eu acreditei. Mas, quando começaram a batizar menores de idade, pedi para sair. Me disseram que sair significaria minha morte”, conclui Frank. Assista:

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