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Fábio Porchat não acredita em Jesus: 'Dizer que é filho de Deus? Pera aí'
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5 anos atrásem
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Tadeu RibeiroEle afirmou que o canal Porta dos Fundos, que é um dos maiores sucessos comerciais e de público do Youtube, é constantemente processado por líderes religiosos evangélicos, e que isso o agrada bastante.
“Em 2014, fizemos uma série chamada Viral, com quatro episódios, que é sobre um cara HIV positivo, e me deixa muito orgulhoso que, até agora, nenhuma pessoa com HIV tenha ficado puta com a gente. Quem processa a gente é o Garotinho, o Feliciano.”, contou.
Fábio Porchat disse que quando eles são acionados por esses líderes religiosos, percebem como uma espécie de sinal de que estão no caminho certo.
“Enquanto esses forem os nossos inimigos, a gente está feliz da vida. Enquanto o Silas Malafaia continuar não gostando do Porta, estamos no caminho certo. Quando a gente ataca e sacaneia o opressor, bate em quem tem que apanhar; e conseguir ser engraçado falando de um tema atual, é o melhor dos mundos.”, confessa.
Fábio Porchat comentou ainda sobre suas crenças, e revelou ser bastante cético com relação a divindades, acreditando que a religião existe só para controlar as pessoas.
“Eu não acredito em nada. De Deus a astrologia, acho tudo uma grande invenção para as pessoas justificarem a existência, suportarem a vida, que é horrível. Pensa: 98% das pessoas no mundo estão fodidas – se todos souberem que a vida é uma merda e que não há nada depois dela, iam pensar só em si mesmas acima de tudo e ia virar um caos.”, acredita.
O humorista ainda deu sua impressão sobre Jesus Cristo, a figura mais importante do cristianismo.
“Pelo que falam de Jesus, ele deve ter sido um cara maneiro para caramba: pregava o amor, dava a outra face para bater, impedia apedrejamentos. Agora, falar que é filho de Deus? Peraí.”, ponderou.
Fábio Porchat não parou por aí. Ele revelou que não acredita na Bíblia Sagrada.
“Também acho uma maluquice as pessoas acreditarem na Bíblia. Uma coisa é ler como uma série de histórias inspiradoras. Se as coisas mudaram de 30 anos para cá, imagina nos últimos dois milênios. Como é possível pegar um livro escrito há 2 mil anos, ler aquilo e seguir como código de conduta?”, questiona.
O humorista criticou a forma como as pessoas pinçam determinados dogmas religiosos para aquilo que lhes convém, e acabam apedrejando os outros.
“E cada um só lê o que convém: a Bíblia diz que não pode fazer a barba, que mulher não pode sair menstruada, não pode comer carneiro, mas aí as pessoas escolhem entender apenas que não pode ser gay.”, analisa.
Fábio Porchat, no entanto, disse respeitar a religiosidade de quem opta por acreditar em Deus e na Bíblia, mas critica a forma como os cristãos acabam influenciando as outras pessoas, até na política.
“É lógico que respeito a religiosidade das pessoas, cada um acredita no que fizer melhor para si. Só não acho que religião deva influenciar outros assuntos importantes. A bancada evangélica escolher o ministro da educação, por exemplo, é uma loucura. O mesmo vale para decisões importantes para a sociedade, como aborto, legalização do casamento gay, genoma, análise de DNA, clonagem e muitos outros.”, finaliza.
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