Gospel
Filha de Sara Mariano foi impedida de ir ao velório da mãe, diz advogada
Publicado
12 meses atrásem
Por
Thalis SilvaA filha de 11 anos da falecida cantora gospel Sara Mariano, encontrada morta na BA-093, está no centro de uma disputa familiar desde o trágico acontecimento. Ela está sob os cuidados dos avós paternos e, segundo a advogada da família materna, foi impedida de comparecer ao funeral da mãe.
Sara Mariano, reconhecida na cena gospel da Bahia, foi encontrada morta na última sexta-feira (27/10). Ederlan Mariano, seu ex-marido e pai da criança, foi preso no sábado (28), sendo o principal suspeito do crime. A polícia confirmou que ele confessou o assassinato.
De acordo com a advogada Sarah Barros, que representa a família materna da vítima, o último contato que a avó e a tia materna tiveram com a menina foi na quinta-feira (26), antes da confirmação da morte da mãe. Barros lamentou: “Ela perdeu o direito de luto, não teve acesso à tia e à avó materna. Não sabemos o que está acontecendo com ela”.
Em um emotivo relato, a advogada contou sobre os últimos momentos de contato entre a menina e sua avó, Dolores Freitas. A criança, preocupada com o desaparecimento da mãe, enviou mensagens de áudio à avó, manifestando seu amor e saudades. Após isso, a comunicação entre ambas foi interrompida.
Após a prisão de Ederlan, a criança foi levada para a casa dos avós paternos em Salvador. A advogada Barros afirmou que a avó materna expressou o desejo de que sua neta pudesse se despedir da mãe no velório, mas esse pedido não foi atendido.
Quando questionada sobre o futuro da criança, Barros informou que está trabalhando em um pedido de guarda unilateral provisória em favor da família materna. Caso concedida, essa medida exigirá o afastamento temporário da família paterna da menina. No entanto, a advogada ressaltou que a família materna não deseja cortar completamente o relacionamento da criança com os avós paternos.
A advogada enfatizou a complexidade da situação. “A criança está em uma situação difícil. Não sabemos como essa notícia foi dada a ela”, disse.
Segundo Barros, houve uma operação de busca e apreensão na casa dos avós paternos e a criança presenciou o evento. Além disso, soube-se por meio de membros da igreja que a menina visitou, na companhia do avô, a casa onde vivia com os pais após a morte da mãe.
Por fim, ao ser questionada sobre a possibilidade de alienação parental, a advogada declarou que ainda é cedo para confirmar, dadas as circunstâncias.
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