A parlamentar gospel pediu a colegas da bancada feminina da Câmara, da qual ela faz parte, que “pelo amor de Deus”, não cassem seu mandato de deputada.
O pedido foi enviado ao grupo da bancada feminina no WhatsApp, e revelado pelo UOL.
No texto, Flordelis afirma que é inocente, e que irá se defender e provar na justiça que não está envolvida na morte do pastor Anderson do Carmo.
“Estou aqui para pedir ajuda Estou sendo denunciada por coisas que não fiz Não matei meu marido e não mandei matar Fui indiciada por mensagens que não escrevi”, diz ela, que também encaminhou o texto para os grupos do PSD Nacional e do PSD Rio de Janeiro.
Por conta disso, líderes partidários começaram a pressionar o presidente da Câmara dos Deputados, o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), para que ele tome alguma atitude quanto à Flordelis, já que foram protocolados pedidos de cassação do mandato dela no Conselho de Ética, que está com os trabalhos suspensos por conta da pandemia.
É por causa dessa possibilidade que a deputada evangélica está atirando para todos os lados.
“Eu não fui julgada nem condenada, fui indiciada e denunciada pela promotoria, tenho direito de lutar para provar minha inocência, mas se caçarem meu mandato estão me tirando o direito de lutar, porque vou para prisão. Não gosto de criticar veículos de imprensa, mas o veículo em questão tem narrativa e sensacionalismo e mentiras. Me deixem solta para lutar e isso só será possível com a não caçassão do meu mandato. Eu vou conseguir fazer justiça, a verdadeira justiça pela morte do meu marido, porque nada justifica terem matado ele. Me ajudem”, disse a deputada.
Outro lado Para o Ministério Público, no entanto, Flordelis é uma pessoa “perigosa” e que tem “alto poder de manipulação”. Os promotores sustentam que ela tenta matar Anderson do Carmo desde 2018, e que o chamava de “traste”, segundo conversas interceptadas pelos investigadores.
“Quando ela convence e fala com um outro filho que está aqui denunciado, o André, sobre esse plano de matar Anderson, ela fala da seguinte maneira: ‘Fazer o quê? Separar dele não posso, porque senão ia escandalizar o nome de Deus’, e então resolve matar. Ou seja, nessa lógica torta, o assassinato escandalizaria menos”, disse o promotor Sergio Lopes Pereira, em entrevista concedida no dia do oferecimento da denúncia.
“O grupo que se formou vendeu a imagem de um casal perfeito, de uma família caridosa, que criou 55 filhos, quando na verdade os autos mostram que isso foi um golpe, um meio de se conseguir proteção”, afirmou o promotor.
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