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Felippe Valadão diz estar surpreso com vazamento de ação do MP contra ele

Por meio de sua equipe jurídica, Valadão informou que ainda não foi notificado da ação que pede R$ 300 mil de indenização

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Pastor Felippe Valadão, da Igreja Batista da Lagoinha - Foto: ICMUNDIAL

O pastor Felippe Valadão, da Igreja Batista da Lagoinha, se pronunciou sobre a notícia de que o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) ajuizou uma ação civil pública para que ele pague indenização de R$ 300 mil por danos morais coletivos, após fortes declarações contra rituais da umbanda feitos antes de um show gospel.

Por meio de sua equipe jurídica, Valadão informou que ainda não foi notificado da ação. “Tendo em vista as notícias publicadas em diversos sites, jornais, redes sociais e outros meios de comunicação […]”, disse o advogado Jorge Vacite Neto. “[…] vem esclarecer que o Pastor Felippe Valadão ainda não foi comunicado formalmente da existência da ação em questão, causando imensa surpresa e perplexidade o evidente e deliberado vazamento dessa informação e, em especial, do teor da petição inicial, para a mídia”, declarou.

A defesa disse que o Brasil é um Estado Democrático de Direito “no qual, dentre suas garantias e direitos fundamentais, constitucional e legalmente assegurados, se destacam a ampla defesa e o contraditório”, e que diante disso, não há nenhuma decisão judicial a respeito do caso envolvendo o pastor.

“Não tendo ocorrido nem mesmo o recebimento formal da ação proposta! Sendo assim, não há nenhuma decisão final ou definitiva que indique ou aponte no sentido da procedência dos pedidos formulados ou da responsabilização”, alegou a defesa de Felippe Valadão.

Segundo a defesa do pastor da Lagoinha Niterói, não resta a menor dúvida que o breve discurso do religioso no evento em questão “foi mal compreendido ou está sendo deliberadamente deturpado”.

“A rigor, a questão não mereceria transformar-se em uma Ação Civil Pública ou ter qualquer outra repercussão jurídica. A situação se torna ainda mais absurda quando se considera a existência de um pedido indenizatório de valor tão alto”, disse a defesa.

Por fim, a defesa esclareceu: “Que o pastor Felippe Valadão acredita, prega e zela pela liberdade religiosa, nunca tendo sido associado a qualquer discurso de violência, perseguição, segregação ou preconceito. Como pessoa pública que é, fica fácil conhecer suas opiniões e práticas, que nunca guardam qualquer vínculo com a intolerância religiosa”.

“Politizar e judicializar uma questão religiosa e, com isso, gerar uma dolorosa e desnecessária polarização é um grave equívoco, que estimula um conflito que jamais deveria existir! Nosso país e suas instituições não devem fomentar a contraposição entre a religião evangélica e as religiões de matriz africana. Como demonstração de boa-fé e total confiança no Judiciário, declaramos, por fim, que o Pastor se preservará de dar entrevistas e/ou prestar quaisquer declarações públicas, nesse momento, até para que não se corra o risco de ter suas falas novamente deturpadas”.

“O pastor Felippe Valaddão, tem plena, total e absoluta confiança na Justiça e a mais firme convicção de que, ao longo do eventual processo, comprovará a sua completa inocência”, finalizou a nota da equipe jurídica do pastor.

SOBRE A AÇÃO

Segundo o portal g1 e Brasil 247, a 1ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva do Núcleo Itaboraí quer que Valadao faça uma retratação pública e pague R$ 300 mil de indenização por danos morais coletivos. O órgão atendeu a um pedido da CPI da Alerj.

A ação destaca que o pastor, “que possui grande engajamento junto ao segmento religioso do qual faz parte”, “praticou intolerância religiosa e discurso de ódio contra praticantes da umbanda e demais religiões”.

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