O vice-presidente Hamilton Mourão, que esteve na semana passada em Angola, falou sobre a perseguição sofrida por religiosos brasileiros no país africano. Ele foi questionado sobre o andamento das negociações para resolver o problema.
Mourão participou da cúpula da comunidade de países de língua portuguesa. Além disso, aproveitou a viagem para se encontrar com o presidente da Angola, João Lourenço, e tratar sobre a crise que envolve denúncias sobre a atuação da Igreja Universal do Reino de Deus em Angola. Mourão pediu a intermediação de Lourenço para resolver o conflito na igreja.
“Está sendo negociado entre a nossa embaixada e o Ministério das Relações Exteriores angolano. Por enquanto não há uma resposta a respeito sobre isso”, disse Mourão, afirmando em seguida que recebeu orientações do presidente Bolsonaro. “A orientação que recebi de forma geral era para conversar também sobre esse assunto. 99 brasileiros foram expulsos do país angolano, não é uma coisa simples. Temos que conversar a respeito”, finalizou o vice-presidente.
EMBAIXADA NA ÁFRICA DO SUL
No início de junho, o presidente da república, Jair Bolsonaro, indicou o ex-prefeito do Rio de Janeiro e Bispo da Igreja Universal, Marcelo Crivella (Republicanos), para ser embaixador do Brasil na África do Sul.
Marcelo Crivella é sobrinho de Edir Macedo, líder máximo da Igreja Universal do Reino de Deus. E segundo a reportagem do jornal O Globo, o convite feito por Jair Bolsonaro seria uma forma de compensar a Universal, já que o governo federal não teria dado um apoio à igreja quando a Angola indiciou os principais líderes da Universal no país por lavagem de dinheiro, no início de maio.
Para que a indicação do bispo seja formalizada junto ao Senado Federal do Brasil, a quem cabe aprová-la, é preciso que o governo da África do Sul dê, antes, aval ao nome de Marcelo Crivella.
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