A Igreja Batista da Lagoinha divulgou uma nota de imprensa na terça-feira (25/07), para se defender contra as acusações de envolvimento na iniciativa conhecida como “cura gay”. A acusação foi apresentada em uma reportagem publicada pela revista Veja na sexta-feira (21/07), intitulada “Como a igreja comandada por André Valadão promove a absurda ‘cura gay'”.
De acordo com a revista, a igreja liderada pelo também cantor gospel André Valadão estaria incentivando uma suposta reorientação da sexualidade. Segundo a Veja, a suposta prática de “cura gay” ocorreria na Estância Paraíso, liderada pela pastora Ezenete Rodrigues, em Sabará, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (MG).
A Estância Paraíso, conhecida e respeitada, tem sido um local de renovação e restauração para milhares de pessoas nos últimos 16 anos. A instituição acolheu visitantes famosos e anônimos, incluindo Wesley Safadão, Daniela Araújo, Naldo e as irmãs Simone e Simaria.
Em defesa da igreja, a nota oficial declara: “É simplesmente inadmissível testemunhar a conduta de certos veículos da mídia que, de forma leviana, vêm nos últimos dias distorcendo a genuína finalidade dos retiros espirituais da Igreja da Lagoinha. De maneira irresponsável, esse jornalismo raso tenta associar essa grande obra de acolhimento e fé a uma absurda e inexistente prática da ‘cura gay’. Raso porque uma simples checagem dos fatos desmontaria a pretensa tese.”
A nota afirma que os retiros são espaços de acolhimento para todos que buscam se tornar pessoas melhores por meio da fé, incluindo membros da comunidade LGBTQIA+ que se sintam desconfortáveis com a vida que levam. A igreja insiste que resumir os retiros a uma suposta “cura gay” é desrespeitar as milhares de pessoas que buscam auxílio espiritual.
A Igreja Batista da Lagoinha também afirmou que buscará reparação judicial quando necessário para estabelecer a verdade dos fatos e reparar danos, em resposta ao que considera uma violação do dever jornalístico de informar com imparcialidade e ética. A igreja condenou a atitude que acredita não só difamar a Igreja da Lagoinha, mas também violar a liberdade de crença e a integridade de seus fiéis.
LEIA A NOTA NA ÍNTEGRA
“É simplesmente inadmissível testemunhar a conduta de certos veículos da mídia que, de forma leviana, vêm nos últimos dias distorcendo a genuína finalidade dos retiros espirituais da Igreja da Lagoinha.
De maneira irresponsável, esse jornalismo raso tenta associar essa grande obra de acolhimento e fé a uma absurda e inexistente prática da “cura gay”. Raso porque uma simples checagem dos fatos desmontaria a pretensa tese.
Os retiros são espaços de acolhimento para todas as pessoas que buscam, pela Fé, tornarem-se melhores. Há, sim, um custo para cobrir despesas com hospedagem, refeições diárias e transporte.
Sim, nossos espaços também aceitam membros da comunidade LGBTQIA+ que se sintam, espontaneamente, desconfortáveis com a vida que levam. É um direito deles, afinal, buscar uma expressão religiosa.
Tentar resumir os retiros a uma pretensa e absurda cura gay é desrespeitar as milhares de pessoas que, só no último ano, procuraram auxílio espiritual, cuja essência reside na profunda reflexão e no aprimoramento dos ensinamentos cristãos.
No que couber, ações de reparação judicial serão desencadeadas para restabelecer a verdade dos fatos e reparar danos. Isso se faz necessário para repudiar uma postura que não apenas calunia a Igreja da Lagoinha, mas agride a liberdade de crença e a integridade dos fiéis.
É uma clara violação do dever jornalístico de informar com imparcialidade e ética, desrespeitando o sagrado princípio da veracidade dos fatos. Crimes e ofensas, à luz do Estado Democrático de Direito, não podem ficar impunes”.
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Política4 dias atrás
