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Clima de impeachment começa a assombrar o governo de Jair Bolsonaro

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O governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) está passando por um de seus momentos mais turbulentos, que começa a fazer crescer a ideia de um suposto impeachment.

Cercado de problemas estruturais, que vão desde a falta de articulação política até as frequentes quedas de ministros e membros do alto escalão, o destino da presidência está sendo colocado em xeque.

Presidente Bolsonaro começa a se precaver contra investidas de um suposto impeachment.
Presidente Bolsonaro começa a se precaver contra investidas de um suposto impeachment.

Deputados e senadores não escondem seu descontentamento com a relação do Congresso Nacional e o Planalto. E Bolsonaro não parece entender que, para que ele governe o país, precisará dos parlamentares, ante a harmonia e cooperação que deve existir entre os poderes.

Toda semana, uma ou duas polêmicas desnecessárias são iniciadas, seja pelo presidente, seja por seus filhos. Polêmicas essas que geram rusgas na relação já desgastada entre o Legislativo e o Executivo.

A economia, que vinha se rastejando – mas andando, agora parece que está retrocedendo. A FGV já indica que houve queda no PIB nos primeiros três meses de governo. O dólar já passa dos R$ 4, e as agências acreditam que não deve ficar abaixo disso até o fim do ano.

O desemprego voltou a subir, e já assola quase 14 milhões de pessoas no país. Cerca de 25 milhões estão subutilizadas. E não há expectativa de melhora. Nem projetos para que isso mude, ou pelo menos ainda não foi apresentada nenhuma saída pela equipe econômica.

Sem contar que a corrupção, um dos temas que Bolsonaro mais utilizou para angariar eleitores no ano passado, está assolando o clã do próprio governo, com o Ministério Público indicando que, supostamente, o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho mais velho do presidente, era líder de uma organização criminosa acusada de lavagem de dinheiro e peculato. O senador nega as acusações, mas a dúvida paira no ar.

O próprio presidente publicou essa semana um texto no Twitter, que fala sobre a dificuldade que seu governo está enfrentando, e cita que um cenário de Brasil “ingovernável” se ergueu, num tom apocalíptico que pegou muitos aliados de surpresa.

Todo esse palco lembra muito o vivido em 2015/2016, quando Dilma Rousseff (PT) enfrentava um dos piores momentos políticos da história brasileira. Desgastada com o Congresso, desemprego em alta, economia em recessão, dentre vários outros fatores em comum com os dias atuais, culminaram na interrupção de seu mandato, através de impeachment.

Bolsonaro já percebe que o clima não é bom, e que caminha para algo cada vez pior se os problemas não começarem a serem resolvidos. O momento e a democracia pedem cautela, mas será que a população dispõe de tanta paciência? O país suporta? O tempo dirá.

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