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Lésbicas que enganaram Igreja para se casar vão virar filme

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BBC.  [caption id="attachment_26850" align="alignleft" width="308"] Marcela e “Mário”, no dia de seu casamento na Igreja.[/caption] Marcela Gracia e Elisa se conheceram em uma escola, em 1880. Enquanto Marcela estudava para ser professora, Elisa já exercia a profissão no mesmo lugar em que sua futura esposa já estudava. Elas se apaixonaram uma pela outra. Ao saber do caso, a família de Marcela a enviou para a capital Madri, com o fim de separar as duas e evitar falatórios. Mas segundo Narciso Gabriel, escritor do livro “Marcela e Elisa, muito além dos homens”, as duas deram um jeito de continuarem a ser ver, e foi justamente nesses encontros às escondidas que elas arquitetaram exatamente como o casamento iria dar-se. De início elas simularam uma briga, e deram a entender que não se viam mais. Como se não bastasse, Marcela estava grávida de um homem, e anunciou que se casaria com um primo de Elisa, Mário. Só que, na verdade, Mário era a própria Elisa, de terno e com cabelos curtos. Antes do casamento, “Mário” dizia ser evangélico e por isso precisava ser batizado no catolicismo para poder se casar, e assim o fez. Após isso, seguiu-se o matrimônio, realizado pela Igreja. A imprensa logo descobriu a farsa e o rosto das duas estampou os principais jornais locais da época. Logo elas tiveram que se mudar, e optaram por ir à Portugal, em busca de refúgio, mas acabaram sendo presas meses depois à pedido da justiça espanhola, sendo extraditadas de volta à Espanha. Algum tempo depois, conseguiram fugir para Buenos Aires, capital Argentina, e lá viveram alguns percalços. “Mário”, que na verdade era Elisa, acabou adotando o nome de “Maria” no novo país, e se casou com um homem dinamarquês. Fato que desencadeou um divórcio logo depois, já que a mulher se recusava a manter relações íntimas com o senhor. Já Marcela e sua filha pequena não possuem um desfecho conhecido. A última informação que os pesquisadores da história possuem, é de um jornal que afirmou em 1909 que ela havia se suicidado. Nenhuma informação foi confirmada. O fato é que as duas agora vão inspirar um filme, baseado na obra escrita por Narciso Gabriel, e deve começar a ser produzido em breve. Esta foi a primeira vez que se viu uma união homossexual ser celebrada pela Igreja, em todas as suas esferas, e a história das duas tem servido como bandeira dos movimentos LGBT, na busca de aceitação das entidades religiosas ao casamento gay. Tadeu Ribeiro [email protected]]]>

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