A Polícia Civil de Minas Gerais prendeu os avós, a tia e a mãe de uma criança de 5 anos, que morreu queimada em 24 de março, após um ritual de evocação e incorporação de espíritos. O caso aconteceu na cidade de Frutal, no Triângulo Mineiro.
A acusados são suspeitos de homicídio durante o ritual de evocação e incorporação de espíritos. Além deles, um líder espiritual também foi preso durante a operação, batizada de “Incorporação da Verdade”.
A pequena Maria Fernanda de Camargo, de 5 anos, morreu no dia 24 de março, por causa de queimaduras em todo o corpo. Na época, a família disse que a criança teria se queimado ao acender uma churrasqueira na casa dos avós maternos.
Segundo a Polícia Civil, o crime teria acontecido com a participação dos avós, da tia, da mãe e do líder espiritual.
“O fato foi noticiado como acidente doméstico, mas após isso recebemos informações que não era acidente doméstico. A intenção das lesões, as circunstâncias e até as versões divergentes que foram sendo apresentadas durante as investigações revelaram que tinha algo oculto”, informou o delegado Murilo Antonini em entrevista para a rádio 97, da cidade de Frutal.
Segundo os investigadores, durante a seita, foram jogadas ervas e álcool no corpo da criança. Depois, o líder espiritual ateou fogo no corpo dela com o uso de uma vela. A menina teve quase 100% do corpo queimado.
Os avós da criança, uma tia e a mãe dela estavam no ritual quando ocorreu o crime. Os familiares ficaram com queimaduras por tentarem apagar o fogo do corpo de Maria Fernanda.
“Foram ouvidas várias testemunhas, os médicos que atenderam a menina e a perícia mostraram que não se tratava de acidente doméstico, mas sim homicídio envolvendo familiares e tudo indica que foi praticado durante ritual de evocação e incorporação de espírito”, complementou o delegado.
Ainda na operação, foram cumpridos 2 mandados de busca e apreensão. Celulares e documentos foram apreendidos. Ainda conforme o delegado, os cinco presos estão sendo investigados por homicídio doloso (quando há intenção de matar ou assume o risco).
O crime contra a pequena Maria Fernanda aconteceu na noite do dia 24 de março (quarta-feira) e ela morreu na madrugada do outro dia, quinta-feira (25/3), em hospital de São José do Rio Preto (SP).
Ela, que era aluna do primeiro ano do ensino fundamental da Escola Particular Vencer, em Frutal, foi sepultada no Distrito de Santo Antônio do Rio Grande, conhecido como Lagoa Seca, em Fronteira (MG), a cerca de 60 Km de Frutal.
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