Estudos publicados nesta segunda-feira (26/10) na revista Nature Astronomy afirmam que há água na superfície iluminada da Lua. O recurso pode estar espalhado não somente nas sombras do satélite natural do planeta Terra. As informações são do G1.
A informação foi confirmada pelo administrador da Nasa, agência espacial dos Estados Unidos, Jim Bridenstine, em uma rede social. Os cientistas ainda não sabem, contudo, se a água é potável.
“Confirmamos água na superfície iluminada pelo sol da lua pela primeira vez. Não sabemos ainda se podemos usá-la como um recurso, mas aprender sobre a água na Lua é a chave para o nosso plano de exploração”, disse.
O Observatório Estratosférico de Astronomia Infravermelha da Nasa (Sofia) – um avião modificado que circula em altitudes elevadíssimas na atmosfera terrestre e escaneia a Lua – detectou moléculas de água (H2O) na Cratera Clavius, uma das maiores crateras visíveis da Terra, localizada no hemisfério sul da Lua.
Segundo a Nasa, observações anteriores da superfície da Lua detectaram alguma forma de hidrogênio, mas não foram capazes de distinguir entre a água e seu parente químico próximo, hidroxila (OH).
“Esta descoberta desafia nossa compreensão da superfície lunar e levanta questões intrigantes sobre recursos relevantes para a exploração do espaço profundo”, disse Paul Hertz, diretor da Divisão de Astrofísica do Diretório de Missão Científica da Nasa.
Como comparação, o deserto do Saara, na África, tem 100 vezes a quantidade de água achada no solo lunar – embora não abundante, é um volume significativo. A descoberta levanta questões sobre como a água persiste na superfície áspera e sem ar.
Segundo os pesquisadores, a água pode ficar presa em pequenas estruturas semelhantes a contas no solo, que se formam a partir do alto calor criado pelos impactos de micrometeoritos.
“Outra possibilidade é que a água possa estar escondida entre os grãos do solo lunar e protegida da luz solar – tornando-a potencialmente um pouco mais acessível do que a água presa em estruturas semelhantes a contas”, informou a Nasa, em nota.
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