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Minas Gerais

Pastor de MG que coordenou fórum contra pedofilia se torna réu por estupro de vulnerável

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Moisés Barbosa — Foto: Sarah Torres/ ALMG

Moisés Barbosa Ferreira Costa, anteriormente conhecido como o coordenador do Fórum de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes de Minas Gerais (Fevcamg), tornou-se réu sob a acusação de estupro de vulnerável.

O pastor, que também trabalhava como professor na rede municipal de Belo Horizonte, está sob custódia desde junho deste ano, após ser preso pela Polícia Civil.

As acusações surgiram depois que uma pessoa, agora com 23 anos, denunciou ter sido abusada por Moisés durante sua adolescência. Seguindo esta revelação, a polícia descobriu uma outra vítima, um adolescente de 13 anos.

A investigação revelou que o método de operação do acusado envolvia ganhar a confiança dos jovens e de seus familiares através de sua posição na igreja e no projeto de circo no qual trabalhava como instrutor, depois atraía as vítimas para sua casa em Belo Horizonte.

A decisão judicial, expressa pelo juiz Milton Lívio Lemos Salles da 4ª Vara Criminal da Comarca de Belo Horizonte, ressaltou a consistência nos testemunhos das vítimas e testemunhas, apontando para a “acentuada periculosidade” do réu. O juiz atendeu ao pedido do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e determinou a prisão preventiva de Moisés.

A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) informou que o acusado está atualmente detido na Penitenciária Professor Jason Soares Albergaria, localizada em São Joaquim de Bicas, na região metropolitana de Belo Horizonte.

De acordo com as declarações da delegada Thais Degani, em junho, Moisés usava sua influência e reputação, construída através de seu trabalho contra a pedofilia, para intimidar suas vítimas, afirmando que ninguém acreditaria nelas devido ao seu status na comunidade.

A delegada destacou que Moisés possui várias homenagens e medalhas, além de ser uma figura presente em debates sobre o tema, fatores que, segundo ele, garantiriam sua credibilidade perante a sociedade.

“Ele falava: ‘Não adianta vocês contarem nada para ninguém porque ninguém vai acreditar. Eu sou uma pessoa influente, devota à causa contra a pedofilia’. Ele é criador de vários fóruns contra a pedofilia, tem medalhas e homenagens em sua residência, da Assembleia Legislativa e de outros órgãos. Ele tem entrevistas, é mediador de debates contra a pedofilia com autoridades”, disse a delegada Thais Degani, em junho.

As investigações continuam, com a polícia trabalhando para identificar outras possíveis vítimas. Enquanto isso, familiares, amigos e membros da comunidade estão em estado de choque e tristeza, confrontados com as graves acusações contra alguém que, até então, era visto como um defensor dos jovens e crianças vulneráveis.

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