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Gospel

Pastor do Dunamis é preso por atos de intolerância religiosa em Pernambuco

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Pastor Aijalon Berto Florêncio - Foto: Reprodução/Instagram

Na manhã da última quinta-feira (27/04), o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) com apoio da Polícia Militar de Pernambuco, cumpriu um mandado de prisão e um de busca e apreensão contra o pastor Aijalon Berto Florêncio, líder do Ministério Dunamis Pernambuco, acusado de atos de intolerância religiosa e descumprimento de ordens judiciais na Comarca de Igarassu.

O pastor, que já responde a outras duas ações penais por racismo e homofobia, foi denunciado ao MPPE por incitar discriminação racial e religiosa contra seguidores de religiões de matrizes africanas. Além disso, ele é acusado de injúria racial e transfobia pelas redes sociais.

As denúncias foram recebidas pela Vara Criminal da Comarca da cidade e segundo o MPPE, os supostos crimes foram cometidos entre fevereiro e julho de 2021. Nas denúncias, Aijalon teria publicado vídeos no Instagram com “discursos que ferem a liberdade de prática religiosa e a dignidade da coletividade”.

Uma das ações diz respeito ao caso em que o pastor associou conceitos como “feitiçaria” e “entidades satânicas” a pinturas de painéis sobre a religiosidade afro-brasileira no Túnel da Abolição, no Recife. Além disso, o religioso fez um discurso associando painéis com símbolos da cultura afro a “referências malignas” e a ”espíritos das trevas”.

Diante disso, em janeiro, o MPPE denunciou Aijalon Berto pelo crime de praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional, com agravante de ter sido cometido por intermédio de meios de comunicação social ou publicação de qualquer natureza.

Na ocasião, o MPPE pediu que a Justiça determine ao pastor a obrigação de remover o vídeo objeto da denúncia. Além disso, o religioso devia fazer a reparação de danos morais coletivos de pelo menos R$ 100 mil, “com a destinação dos valores à produção e divulgação de material educativo voltado ao enfrentamento da intolerância contra religiões afro-brasileiras”.

Segundo a esposa do pastor, a pastora Rayane Berto, que publicou um vídeo nas redes sociais na quinta, a porta da residência do casal foi arrombada durante a operação.

Ainda de acordo com a mulher, a prisão ocorreu por volta das 6h da manhã. No local estava também a filha do pastor. Ela fez um desabafo nas redes sociais sobre o caso:

“O pastor Aijalon Berto tem sofrido perseguições ferrenhas, por pregar a Palavra de Deus. A liberdade religiosa serve para todos, exceto quando se tratar dos cristãos. NÃO É CRIME PREGAR A BÍBLIA !”, escreveu ela.

“Como o meu esposo e pastor sempre diz (e falou inclusive diante da presença dos policiais em nossa casa): ‘Se pregar a Bíblia for crime, me considere um fora da lei’. Não vamos nos calar e nem recuar, pelo contrário, vamos ORAR, CLAMAR e NOS PROSTRAR na presença de Deus e Ele pelejará por nós”, disse.

“O inferno pode ‘sorrir’ e achar que está triunfando, mas a vitória é nossa pelo SANGUE DE JESUS, porque temos um DEUS poderoso que é o JUIZ dos juízes!”, finalizou ela.

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