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Pastor Ed René Kivitz diz ter medo de ser morto por evangélico bolsonarista

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Pastor Ed René Kivitz - Foto: Reprodução/Redes Sociais

O pastor Ed René Kivitz, da Igreja Batista Água Branca, em um culto fez duras críticas aos apoiadores de Jair Bolsonaro. Ao citar o caso do petista Marcelo Arruda, que foi morto em sua festa de aniversário pelo policial bolsonarista Jorge José Guaranho, o religioso fez declarações polêmicas.

Segundo ele, há um outro evangelho sendo pregado pela extrema-direita para incitar os cristãos à violência. “Esse assassinato do tesoureiro do PT no Sul é escandaloso. E eu fui ao Instagram desse criminoso assassino e lá está escrito: Brasil acima de tudo, Deus acima de todos”, disse o pastor.

René Kivitz prossegue: “Eu não imagino Jesus entrando numa festa de aniversário dizendo: ‘aqui é Jeová’ e pá [som de tiro]. Não imagino Jesus no Getsêmani, quando os soldados romanos chegaram, Jesus dizendo: ‘aqui é Jeová’ e corta a orelha de todo mundo. Você imagina Jesus diante daquela mulher flagrada em adultério dizendo: ‘aqui é ordem, dona, acabar com essa bandalheira de adultério’. Você não imagina porque a Bíblia diz inclusive que não foi isso que ele fez”.

Então, Ed René Kivitz diz ter medo de ser morto por algum evangélico bolsonarista.

“Você entendeu que não pode matar pessoas, nem mesmo em nome de Deus e de suas ideias? Eu fico pensando, daqui a pouco levanta um sujeito, um evangélico, e diz: ‘pastor, aqui é Deus acima de todos’ e pá [tiro] em mim. Eu vou pregar ali no batera. Por quê? Porque existe um outro Evangelho circulando pelo nosso país. Um outro evangelho que é um evangelho das ideias, da ordem, do ‘aqui nós vamos colocar as coisas nos devidos lugares e se a gente precisar matar você para fazer isso, a gente mata’. Isso é outro evangelho”, disse ele.

René foi o pastor que viralizou em 2020 após dizer em uma pregação que a Bíblia “era insuficiente”. Além disso, defendeu uma possível atualização do livro cristão para atender os “homossexuais”. Após a declaração, Kivitz foi amplamente criticado pela comunidade evangélica.

No final de 2021, foi expulso da Ordem dos Pastores Batistas do Brasil de São Paulo (OPBB), na qual era membro desde 28 de março de 1988. Na época, René disse que estava em paz, após a decisão da OPBB, e que não “queria guerra com ninguém”.

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