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Pastor que matou esposa para não adulterar mais é condenado a 22 anos

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Um pastor evangélico acusado de matar e ocultar o corpo da esposa foi condenado na última sexta-feira (25) a 22 anos e 6 meses de prisão em regime fechado. As informações são do jornal Estado de Minas.

O caso, que repercutiu bastante na região, aconteceu em 2017 na cidade de Passos, no Sudoeste de Minas Gerais. Gilberto Adriano de Oliveira responde pelos crimes de feminicídio, ocultação de cadáver e fraude processual.

Apesar da pandemia do novo coronavírus, o júri popular aconteceu de maneira presencial no Fórum de Passos com a presença de sete jurados. O julgamento durou cerca de 10 horas. O juiz liberou a entrada de cinco familiares da vítima e do réu.

O corpo de Elaine Aparecida Barros foi encontrado envolvido em um lençol, em um canavial na saída da cidade sentido a São João Batista do Glória.

De acordo com o boletim de ocorrência, o corpo tinha sinais de violência e estava sem as roupas íntimas. Na época, Gilberto disse para a polícia que havia deixado a esposa em um posto de saúde e precisou voltar em casa para buscar a carteira de identidade, que Elaine havia esquecido. A vítima ficou desaparecida por três dias. Gilberto foi preso no dia 2 de março e encaminhado ao presídio de Passos.

Gilberto foi condenado pelos crimes de feminicídio, ocultação de cadáver e fraude processual. “Uma pena que achei branda, pelo crime que cometeu. O que conforta é que ficou comprovado que ele foi o autor. Muita gente ainda tinha dúvidas. Ele tem uma lábia muito boa. A família dele o defendia. Até então, ele estava na condição de suspeito, mesmo com todas as provas”, diz Karen Cristina Barros, filha da vítima.

De acordo com a família, Elaine também era pastora da Igreja e eles ficaram juntos por seis anos.  

“Até então, a gente não sabia do motivo desse crime. Pelo que foi falado no Fórum, ele matou a minha mãe por causa do relacionamento extraconjugal com outra mulher da Igreja, que era amiga da minha mãe. Como ele estava traindo ela com essa mulher e chegou a engravidar a amante, ele não poderia se separar pela lei da Igreja. Então, o promotor entendeu que ele matando a minha mãe, ficaria viúvo e livre do adultério. Só assim, ele continuaria na Igreja e com a amante grávida”, afirma.

Elaine deixa duas filhas. “O julgamento foi mais desgastante que o velório. Foi terrível! No velório, a gente sabia que não tinha mais volta. Mas no júri, a gente teve que ficar horas na frente dele e sabendo os detalhes de tudo”, lamenta Karen.

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