Paulo Marcelo Schallenberger, conhecido pastor da Assembleia de Deus e um dos principais aliados evangélicos do presidente Lula na campanha eleitoral do ano anterior, enfrenta momentos de desafio após promessas governamentais não cumpridas.
Segundo o jornal O Globo, no início do mandato de Lula, circulavam rumores sobre a nomeação do pastor para um cargo dedicado ao diálogo com igrejas, ligado à Secretaria-Geral da Presidência. Contudo, quase um ano depois, a ideia não se concretizou.
Em um recente vídeo divulgado em suas redes sociais, Schallenberger faz um apelo emocionado, citando dificuldades de saúde.
“Meu irmão, minha irmã, nunca imaginei dizer o que estou dizendo aqui”, começa o pastor, “estou passando por um momento de saúde muito delicado, emagreci 7 kg em 30 dias”. Em seguida, apresenta uma oferta de seu livro digital, “Vencendo as tempestades da vida”, por R$ 13, disponibilizando sua chave Pix para aquisição.
No entanto, o pastor tem enfrentado críticas e ironias de alguns seguidores em razão de seu apoio ao presidente Lula. “Pede para o presidente”, sugerem alguns comentários.
Ainda assim, Schallenberger recentemente compartilhou uma live com o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta. No bate-papo, ambos discutiram as tensões entre a esquerda e os evangélicos. Pimenta observou que “se criou um preconceito dos evangélicos com a esquerda e da esquerda com os evangélicos”, recebendo palavras amigáveis do pastor.
Mesmo sem uma posição oficial no governo, o pastor Schallenberger mantém seu apoio a Lula. “Não tem fechamento de igreja, nem comunismo, muito menos as mentiras que te contaram”, declarou em uma recente publicação.
Ao O Globo, em junho, Schallenberger falou da sua preocupação com a pressão que sente da comunidade evangélica por uma presença mais significativa no governo. “Antes, os líderes me viam como uma ponte com Lula, agora, sem nomeação, a situação piorou”, lamentou.
O pastor Paulo Marcelo, anteriormente aliado ao deputado Marco Feliciano, se uniu a Lula no início do último ano, propondo um podcast para evangélicos que não foi realizado. Entretanto, ele se manteve próximo ao então candidato à presidência, participando ativamente da comunicação da campanha no segundo turno.
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Política5 dias atrás
