O pastor Tupirani da Hora Lores, conhecido por fazer declarações polêmicas, está atualmente cumprindo pena na prisão por conta de suas palavras ofensivas. O religioso, que ficou notório por chamar as cantoras gospel Aline Barros e Fernanda Brum de “prostitutas espirituais”, foi preso no final de fevereiro de 2022 e recentemente condenado a uma pena significativa.
A condenação, que resultou em 18 anos e 6 meses de reclusão e 814 dias-multa, foi proferida pela juíza Valeria Caldi Magalhães, da 8ª Vara Criminal do Rio de Janeiro. O pastor foi acusado de praticar, induzir e incitar a discriminação contra pessoas judias ou israelitas por meio de suas publicações em redes sociais e vídeos online.
A prisão de Tupirani da Hora Lores se deu após uma série de declarações controversas, não apenas contra as renomadas cantoras gospel, mas também direcionadas a judeus, praticantes de outras religiões e membros da comunidade LGBTQ+.
As críticas ao pastor se intensificaram quando vídeos de um culto presencial, realizados em sua igreja, vieram à tona. Nestes vídeos, Tupirani expressava desejos violentos contra judeus, clamando por humilhação e comparando-os a situações históricas delicadas.
A ação legal que culminou na prisão do pastor foi movida pela Confederação Israelita do Brasil (Conib) e pela Federação Israelita do Rio de Janeiro (Fierj). As organizações judaicas destacaram a importância de responsabilizar atos criminosos e enfatizaram a dimensão educativa da decisão judicial, visando combater a banalização da violência nos discursos de ódio.
O caso do pastor Tupirani da Hora Lores não é isolado, pois ele já havia sido detido anteriormente em 2022, acusado de racismo e discurso de ódio contra judeus. A reincidência em atitudes condenáveis destaca a necessidade de vigilância contra discursos que promovem o ódio e a discriminação.