Samuel Quintana é pastor e enfrenta câncer incurável.[/caption]
Mas o pastor ressaltou a vitória, pois havia recebido no ano passado uma sentença de morte, de que não duraria muitos meses. A conta ainda está aberta, e ele já acumula mais de 1 ano de sobrevivência, ministrando pelo Brasil e mundo.
Ele é natural de Sapiranga (RS), mas atualmente mora em Caxias do Sul (RS), tem 26 anos de idade, e é, além de pregador, primeiro secretário executivo da Convenção da Assembleia de Deus do Rio Grande do Sul. Mas o título que é mais reconhecido é o seu sobrenome, que carrega por ser sobrinho do poeta e escritor Mário Quintana, que morreu em maio de 1994, e foi um dos maiores nomes da literatura brasileira.
Confira abaixo o relato emocionante do pastor:
“Essa foto (acima), tirei pra comemorar um ano de luta e vitória no meu tratamento. Dia 24 completou um ano em que estou lutando contra essa doença. E graças a Deus, quem era pra viver apenas um ano ESTÁ AQUI VIVO!
A vida é muito curta para deixar que ela escorra entre os dedos, que rasteje no chão, pequena e pouca, apática, murcha. Com previsibilidade e monotonia todo entorno aborrece, perde a cor.
Qual seria o sentido da vida se tudo não passasse de uma cronologia que demanda acordar, cumprir obrigações e dormir? Assim, sucessivamente, mecanicamente, previsivelmente. O grande barato de estar vivo é, justamente, sentir-se vivo! E isso significa ter vontade, ter gana, tirar um pouco os pés do chão e tocar o céu, de alguma forma, de qualquer maneira. A realidade é tão massacrante que, se não houver uma válvula de escape ou uma saída de emergência, a tendência é sufocar e implodir dentro de nós mesmos. Até que em algum momento nos tornamos as cinzas do que fomos, caminhando por aí com uma enorme sombra sobre as nossas cabeças, maldizendo a vida e os vivos.
Muito mais do que uma sucessão de acontecimentos diários, rotineiros, e a falta de perspectiva amarrada às pernas, viver é sonhar! A ideia é essa, estamos aqui para isso, para fazer planos e nos deixar levar por eles, acreditando numa probabilidade, em dez, em cem. Agarremo-nos aos sonhos e ao prazer de voar! Ter esperança é sonhar acordado, acreditar na mudança, no recomeço, na sorte… É ter fé. A esperança tem cheiro, tem gosto, forma, toque e mãos para segurar e caminhar entrelaçados e confiados por aí.
É hora de quebrar o cofre que está entupido de descrenças, medos e precauções, trocar todas as fichas por novas possibilidades. Isso. Vai lá e troca tudo que você economizou por tanto tempo com pavor de gastar e faltar, ou falir. Confie em mim. Esperanças se multiplicam, elas nunca acabam.
O conforto que eu tenho é a segurança de que todos nós, seres vivos, temos duas opções certeiras no manual de sobrevivência terrena: Tentar ou desistir. Eu escolho, sempre, a primeira opção. Se não der certo, ao menos houve a experiência, a vivência, a disritmia aqui dentro, bagunça generalizada que tirou tudo fora do lugar.”
Sobre o tio famoso, Samuel publicou semanas atrás uma foto, com a legenda “Eles passarão, eu passarinho”, célebre frase de Mário Quintana, deixando claro que tinha muito orgulho em carregar o sobrenome do tio, e o sangue da família nas veias.
Tadeu Ribeiro
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