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Mundo Cristão

Pastora trans inaugura igreja inclusiva em MG após enfrentar “preconceito” de evangélicos

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Samantha Picoli disse que a visão da igreja que ela criou é "Igreja de pessoas Transformadas que desafiem outros a serem Transformados por Deus" - Foto: Reprodução

Em uma iniciativa pioneira na cidade, Samantha Picoli, uma pastora trans, abriu a Chamas de Fogo, uma igreja inclusiva em Juiz de Fora, Minas Gerais. A igreja, além de combater o preconceito, realiza casamentos homoafetivos e se concentra no acolhimento de pessoas.

A inspiração para fundar a igreja veio da própria experiência de Samantha, que afirmou ter sofrido por anos com o “preconceito em igrejas evangélicas tradicionais”.

Samantha revelou ao G1 que começou a frequentar uma igreja evangélica na adolescência, mas enfrentou olhares e comentários de reprovação.

“Começaram com aquele olhar diferente, de preconceito comigo, falando que eu não poderia mais louvar e nem assumir nenhum cargo na igreja. Disseram até que enquanto Deus não fizesse uma libertação profunda, eu não poderia estar em uma igreja”, relatou.

Diante da falta de espaço nas igrejas tradicionais, Samantha se mudou para São Paulo, onde viveu por dois anos e encontrou uma igreja inclusiva que a ordenou como pastora. Foi então que ela decidiu trazer essa proposta alternativa para Juiz de Fora.

Em março de 2022, Samantha fundou a Chamas de Fogo, inicialmente realizando cultos online devido à situação epidemiológica causada pela pandemia da Covid-19. O primeiro encontro presencial ocorreu em 8 de outubro do mesmo ano.

A pastora destacou que a visão da igreja que ela criou é “Igreja de pessoas Transformadas que desafiem outros a serem Transformados por Deus”. Os valores fundamentais incluem “Deus em primeiro lugar, Visão Missionária, Liderança Capacitada, Integridade de Vida, Unidade Espiritual, Transformação Social e Gerações Integradas”.

Samantha disse que “a luta por igualdade de direitos é contínua e que, apesar dos avanços conquistados, ainda há muito preconceito a ser combatido”. Ela revelou que ainda enfrenta preconceito por ser pastora trans.

“Várias pessoas de igrejas tradicionais falam: ‘Como uma travesti usando o nome de Deus em vão? Deus não aceita pessoas como você’, entre outros comentários”, lamentou.

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