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Pastores são acusados de estelionato e prometiam lucro de 1 octilhão de reais a fiéis

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Osório José Lopes Júnior é apontado como líder do grupo criminoso que tem dezenas de pastores evangélicos, que movimentaram R$ 156 milhões em 5 anos — Foto: Reprodução/Rede social

A Polícia Civil do Distrito Federal desencadeou, nesta quarta-feira (20/09), uma operação para desmantelar uma organização criminosa acusada de estelionato contra aproximadamente 50 mil pessoas, muitas das quais foram persuadidas a investir dinheiro através da exploração da fé e crenças religiosas. A organização é liderada pelo pastor Osório José Lopes Júnior.

A ação, intitulada “Falso Profeta”, investiga a promessa feita por pastores de retorno financeiro exorbitante, na casa dos octilhões de reais.

Conforme relatado pelos investigadores, os suspeitos utilizavam uma teoria conspiratória conhecida como “Nesara Gesara” para convencer as vítimas, tanto no Brasil quanto no exterior, a investirem quantias que variavam de R$ 25 a R$ 2000, com promessas de retornos financeiros astronômicos.

A Polícia Civil identificou que os golpes eram perpetrados principalmente através de redes sociais, incluindo plataformas como YouTube, Telegram, Instagram e WhatsApp. Os líderes religiosos engajados no esquema prometiam que um depósito de R$ 25 poderia resultar em um retorno de um octilhão de reais, enquanto um “investimento” de R$ 2000 prometia um retorno de 350 bilhões de centilhões de euros.

A OPERAÇÃO ATÉ AGORA

A investigação que culminou na operação começou há cerca de um ano e revelou uma movimentação financeira superior a R$ 156 milhões nos últimos cinco anos, atrelada a cerca de quarenta empresas “fantasmas” e mais de oitocentas contas bancárias sob suspeita.

O grupo criminoso, composto por cerca de 200 integrantes, incluindo dezenas de líderes evangélicos, elaborava falsos projetos de ações humanitárias e operações financeiras para atrair investimentos de vítimas majoritariamente evangélicas. As vítimas eram induzidas a acreditar que haviam sido “escolhidas por Deus” para receber uma “benção” financeira milionária.

DETALHES DA INVESTIGAÇÃO

Os integrantes da organização chegavam a celebrar contratos com as vítimas, dando uma falsa sensação de segurança e legalidade às operações financeiras, associando-as a títulos de investimento inexistentes registrados junto a instituições oficiais como o Banco Central do Brasil e o COAF (Conselho de Controle de Atividades Financeiras).

Em dezembro do último ano, um dos suspeitos foi preso ao usar um documento falso para simular um crédito de cerca de R$ 17 bilhões em uma agência bancária em Brasília. Apesar da prisão, a organização continuou a operar e aplicar golpes.

A ação policial desta quarta-feira incluiu o cumprimento de dois mandados de prisão preventiva e dezesseis de busca e apreensão no Distrito Federal, além de medidas cautelares como o bloqueio de valores e de redes sociais utilizadas pelos criminosos.

Os envolvidos no esquema poderão responder por uma série de crimes, incluindo estelionato, falsificação de documentos, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, crimes contra a ordem tributária e organização criminosa.

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