A pregação ocorreu durante um dos dias do evento, que aconteceu no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade, em Brasília/DF. A fala do religioso chocou algumas pessoas. O trecho desta pregação logo viralizou nas redes sociais.
O vídeo da transmissão, que estava publicado no canal da UMADEB, foi removido horas depois. Ainda não se sabe o motivo, mas indícios dão conta que YouTube decidiu pela remoção, após denúncias. Além disso, fiéis acreditam que a própria organização tenha realizado remoção para evitar problemas no futuro.
Mesmo assim, a remoção do conteúdo não surtiu efeito. Um inquérito para apurar o caso foi aberto nesta quarta-feira (22/02) pela Delegacia Especial de Repressão aos Crimes por Discriminação Racial, Religiosa ou por Orientação Sexual ou Contra a Pessoa Idosa ou com Deficiência (Decrin) da Polícia Civil do Distrito Federal.
O inquérito foi aberto após ação conjunta da Aliança Nacional LGBTI+ e pela Associação Brasileira de Famílias Homotransafetivas (ABFH). Tanto o pastor quanto os responsáveis pela disseminação do vídeo poderão responder pelo crime de racismo na modalidade LGBTfobia. A pena, em ambos os casos, varia de dois a cinco anos de prisão.
Segundo a delegada-chefe adjunta da Decrin, Cyntia Carvalho e Silva, também serão investigados os responsáveis pela divulgação do vídeo na internet.
Além disso, o presidente da Comissão de Ética e Direitos Humanos da Câmara Legislativa, o deputado distrital Fábio Félix (PSol) afirmou que fará uma representação ao Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e à Polícia Civil do Distrito Federal contra o pastor.
David Eldridge falou por 40 minutos para uma multidão no congresso, durante os dias de Carnaval, além de mais de 33 mil pessoas que visualizaram a transmissão no YouTube. Ele disse que homossexuais, transgêneros, bissexuais e drag queens têm “uma reserva no inferno”.
O religioso afirmou ainda que prostitutas, pessoas que assistem “coisas sexuais” na TV, mulheres que usam saia curta e até homens que gostam de calça apertada estariam condenados ao inferno.
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