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Polícia indicia pastor Felippe Valadão por intolerância religiosa em discurso de 2022
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6 meses atrásem
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RedaçãoA Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) indiciou, nesta terça-feira (16/04), o pastor Felippe Valadão, da Igreja Batista da Lagoinha de Niterói, pelo crime de intolerância religiosa após uma pregação em evento oficial de Itaboraí, na Região Metropolitana do Rio. A informação foi publicado pelo portal g1.
O caso remonta a maio de 2022, quando o município celebrava seus 189 anos com uma série de shows e apresentações de artistas gospel. Durante um intervalo, Felippe Valadão subiu ao palco e discursou, afirmando: “De ontem para hoje tinha quatro despachos aqui na frente do palco. Avisa aí para esses endemoniados de Itaboraí: o tempo da bagunça espiritual acabou, meu filho. A igreja está na rua! A igreja está de pé!”, e ainda acrescentou: “E ainda digo mais: prepara para ver muito centro de umbanda sendo fechado na cidade!”
Após análise de testemunhas e perícia do vídeo do evento, a polícia concluiu que não houve alteração em seu conteúdo. A delegada Rita de Cássia Salim Tavares, em seu relatório encaminhado ao Ministério Público do Estado (MPRJ), destacou a “prática de intolerância religiosa”, ressaltando que houve tentativa de impor um único padrão religioso sem respeitar a diversidade e a liberdade religiosa.
Durante as investigações, Valadão prestou depoimento e afirmou que suas palavras tinham o objetivo de evangelizar os presentes, negando qualquer incitação à violência contra centros ou pessoas de religiões de matriz africana. Porém, a Comissão de Povos Tradicionais de Terreiros de Itaboraí divulgou uma nota de repúdio, classificando o discurso do pastor como vil, desrespeitoso e ameaçador à comunidade religiosa do candomblé e da umbanda na cidade.
A Prefeitura de Itaboraí informou que as declarações dos convidados e artistas para as apresentações são de inteira responsabilidade deles. Valadão ainda não se pronunciou sobre o seu indiciamento.
Vale lembrar que o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) ajuizou me junho de 2022, uma ação civil pública contra o pastor pelas durante o show. A 1ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva do Núcleo Itaboraí queria que Valadao fizesse uma retratação pública e pagasse R$ 300 mil de indenização por danos morais coletivos.
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