A Polícia Civil do Espírito Santo informou na tarde desta terça-feira (18) que abriu uma investigação para apurar as publicações nas redes sociais que expuseram o nome da menina de 10 anos que foi abusada e engravidou do tio, além do endereço do hospital no qual ela estava internada.
José Darcy Arruda, delegado responsável pelo caso, disse durante coletiva de imprensa que encaminhou as investigações para uma delegacia especializada em crimes cibernéticos.
“Com relação às informações que foram postadas indevidamente nas redes sociais eu já designei o delegado de crimes cibernéticos para que apure todas essas questões. Se o crime foi consumado aqui, será feito aqui, se foi consumado em outros estados, ele vai encaminhar para outro estado. Já determinei e já estão trabalhando neste caso”, explicou.
A ativista da extrema-direita Sara Giromini, conhecida como “Sara Winter”, foi quem primeiro divulgou publicamente o nome da criança e o endereço do hospital onde ela estava internada.
A interrupção da gravidez no caso dessa criança é permitido por lei, e foi determinado pela Justiça do Espírito Santo. Já a divulgação do nome da vítima, bem como detalhes do hospital, configura crime previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), e desrespeita o sigilo do processo estabelecido pela justiça.
Os posts de Sara Winter foram tirados do ar 24 horas depois de serem publicados, após a justiça atender um pedido da Defensoria Pública da União.
O Instagram e o Youtube decidiram excluir o perfil da ativista da extrema-direita de suas plataformas hoje (18), alegando que ela violou as políticas das plataformas.
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