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Por afirmar que homossexualidade é pecado, Nikolas Ferreira é denunciado por homofobia

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Nikolas Ferreira (PL-MG), deputado federal, volta a ser denunciado por homofobia - Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) está enfrentando uma nova representação após fazer declarações sobre a homossexualidade. Em uma série de tuítes publicados na última segunda-feira (12/06), o parlamentar afirmou que ser homossexual é um pecado e sugeriu que crianças transexuais estão sob influência de seus familiares.

Em resposta, o deputado distrital Fábio Felix, do partido PSOL-DF, encaminhou uma representação ao Procurador da República no Distrito Federal, solicitando uma investigação sobre o caso.

Nas redes sociais, Nikolas Ferreira expressou sua opinião sobre a homossexualidade, dizendo: “Aos homossexuais: o senhor os ama e quer vocês vivendo segundo a vontade dele. Porque ele te criou e sabe o que é melhor para você. Homossexualidade não é doença, é pecado. E para pecado não tem remédio, mas arrependimento. Arrependa-se. lute contra o seu pecado e assuma sua verdadeira identidade. Isso vale para qualquer pecador. Eu só sou um mendigo contando a outro onde encontrar pão.”

Sobre a transexualidade em crianças, o deputado disse ainda que “criança trans é igual cachorro vegano. Todo mundo sabe quem realmente está decidindo”.

O deputado também fez uma distinção entre homossexuais e ativistas LGBT, afirmando que enquanto alguns buscam aceitação, outros desejam impor suas ideias. Ele alertou para o crescimento da agenda desses ativistas, mas mencionou que no Brasil a situação ainda não é tão crítica devido à influência da igreja, a qual ele considera como um último obstáculo para que essas ideias se espalhem pelo país.

Fábio Felix, por sua vez, acusa o deputado de utilizar a suposta liberdade religiosa como pretexto para ofender minorias sexuais. Ele argumenta que as declarações de Nikolas Ferreira promovem a degradação da população LGBTQIAP+.

“A Dignidade da Pessoa Humana é o atributo que todo ser humano detém no sentido de ser respeitado simplesmente por nascer e viver na condição de ser humano, independentemente de diferenças étnicas, sexuais, de identidade de gênero, de orientação sexual, dentre outras”, diz trecho do documento .

O deputado distrital ressalta ainda que as declarações feitas nas redes sociais não estão protegidas pela imunidade parlamentar, pois representam uma opinião pessoal de natureza discriminatória contra uma minoria sexual historicamente marginalizada. Ele argumenta que tais discursos não são amparados pela imunidade parlamentar nem pelo direito à liberdade religiosa.

“Apenas demonstra opinião de cunho pessoal, de natureza discriminatória em desfavor de uma minoria sexual historicamente violada e marginalizada, discurso este que não possui acobertamento pela imunidade parlamentar ou até mesmo pelo sagrado direito à liberdade religiosa”, disse. “

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