O cantor gospel Pregador Luo fez um desabafo em seus perfis sociais, falando sobre o caso do policial militar que pisou no pescoço de uma mulher negra de 51 anos em São Paulo, e expôs o racismo impregnado em nossa sociedade.
A mulher, que é mãe de 5 filhos e avó de 2 netos, possui um comércio no extremo Sul de São Paulo, e teve o pescoço pisado por um policial durante uma ocorrência, quando já estava imobilizada. Ela também foi arrastada para uma calçada, e teve que ficar detida por algum tempo, mesmo com dor.
Pregador Luo escreveu um versículo de Eclesiastes, para iniciar sua fala: “Eclesiastes 8:11 Visto que Deus não castiga os pecadores no próprio instante, as pessoas convencem-se que ficam impunes, ao praticarem o mal.”
O cantor gospel prosseguiu seu relato, e criticou duramente os policiais envolvidos no caso, além de fazer críticas ao governo, que propaga o racismo, segundo ele.
“Essa ilusão de que alguns policiais como este canalha da foto estão cumprindo a lei, é mera hipocrisia. Eles apenas servem um governo que propaga o racismo e a segregação. São apenas a lenha do inferno. A justiça de Deus virá tão certo quanto o sol se ergue todos os dias”, concluiu.
O texto recebeu algumas críticas de evangélicos mais alinhados ao governo e à ideia de que racismo não existe, e foram contestados por Luo, que disse não querer ser chamado de “irmão” por essas pessoas.
“Certos comentários aqui são de embrulhar o estomago. E ainda me chamam de irmão. Vou começar deixar de ler comentários aqui igual fiz no Facebook. Quanta cabeça doente e sem noção mínima do que é justiça, direitos humanos e menos ainda do que é cristianismo. A igreja brasileira tá de parabéns!”, ironizou.
O porta-voz da PM de São Paulo, capitão Osmário Ferreira, disse à Globo News que a atitude truculenta dos policiais militares do caso foi um erro, e não condiz com o procedimento padrão da corporação. Os dois homens foram afastados das ruas e um inquérito foi instaurado para apurar a denúncia.
“Houve uma violação neste caso, não houve erro procedimental. A atuação dele não faz parte do procedimento operacional padrão da PM”, afirmou o porta-voz.
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