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Quem é Cacique Serere Xavante, pastor indígena preso pela PF em Brasília

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José Acácio Serere Xavante, mais conhecido como Cacique Serere Xavante - Foto: Reprodução/Facebook

A Polícia Federal (PF) prendeu nesta segunda-feira (12/12), José Acácio Serere Xavante, mais conhecido como Cacique Serere Xavante. Ele é um pastor indígena de 42 anos, cuja prisão motivou os protestos em Brasília na noite de segunda.

A ordem de prisão partiu do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a prisão temporária do cacique, pelo prazo inicial de dez dias, pela acusação de condutas ilícitas em atos antidemocráticos.

A decisão se baseou após pedido da Procuradoria-Geral da República e se fundamentou na necessidade de garantia da ordem pública, diante dos indícios da prática dos crimes de ameaça, perseguição e abolição violenta do Estado Democrático de Direito, previstos no Código Penal.

Nascido na cidade de Poxoréu, em Mato Grosso, o líder indígena ganhou notoriedade entre apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) desde que a série de manifestações em frente ao quartel-general do Exército começaram em Brasília.

Cacique Serere se apresenta como pastor evangélico e missionário da Associação Indígena Bruno Omore Dumhiwe.

Filiado ao Patriotas em 2020, o cacique foi candidato a prefeito de Campinápolis, no Mato Grosso, município que fica a cerca de 650 km da capital Cuiabá, onde obteve apenas 689 votos, em um eleitorado de quase 17 mil habitantes.

No dia 9 de dezembro, Serere disse a bolsonaristas que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não deveria tomar posse. Dias depois, quando o presidente apareceu para cumprimentar os apoiadores no Palácio da Alvorada, o líder indígena pediu: “Não entregue o cargo da Presidência do País”.

Após a prisão do líder indígena, o Corpo de Bombeiros do Distrito Federal afirma que oito carros e cinco ônibus foram queimados durante os atos de vandalismo deflagrados no centro de Brasília, na noite desta segunda.

Ainda segundo o Corpo de Bombeiros, desse total, quatro ônibus e sete carros foram totalmente queimados e o restante, parcialmente. Além disso, uma pessoa de 67 anos precisou de atendimento médico após inalar gás lacrimogêneo.

Apoiadores de Bolsonaro afirmam que esses atos de ontem foi organizado por infiltrados e não fazem parte dos movimentos conservadores, e fazem alerta nas redes sociais.

Mais tarde, o cacique gravou um vídeo na sede da Polícia Federal em que pede para que manifestantes parem com os atos violentos em Brasília.

“Agora eu vou falar em português, meus amigos, irmãos, povo brasileiro, estou bem graças a Deus, estou em paz. E, eu quero pedir, como eu tenho amado os senhores ai, se os senhores me amam também, me consideram servos dos senhores ai. Eu quero pedir que os senhores não venham fazer conflito, briga, ou confronto com autoridade policial, e venha viver em paz, e não pode continuar o que aconteceu infelizmente, dessa destruição dos carros, e ataque a sede da Polícia Federal”, disse.

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