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Relatório de militares não aponta fraude nas urnas eletrônicas, mas detecta vulnerabilidades

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O ministro da Defesa, Paulo Sérgio, e o presidente do TSE, Alexandre de Moraes

Na última quarta-feira (09) o Ministério da Defesa enviou ao Tribunal Superior Eleitoral – TSE o relatório que inspeção nas urnas eletrônicas. O documento foi produzido pelo Exército Brasileiro, a pedido do atual presidente Jair Bolsonaro (PL), como forma de fiscalizar o processo eleitoral.

O relatório, muito esperado por apoiadores de Bolsonaro, que acusam ter havido fraude no resultado que deu a vitória a Luiz Inácio Lula da Silva (PT), não conseguiu concluir categoricamente que houve fraude nas eleições.

Entretanto, o documento afirma que “não é possível afirmar que a urna está isenta de um código malicioso que possa alterar o seu funcionamento.” E continua:

“Foi observado que a ocorrência de acesso à rede, durante a compilação do código-fonte e consequente geração dos programas (códigos binários), pode configurar relevante risco à segurança do processo.”

O Ministério da Defesa ainda sugeriu ao TSE que adotasse medidas como: realizar uma investigação técnica para melhor conhecimento do ocorrido na compilação do código-fonte e de seus possíveis efeitos; e promover a análise minuciosa dos códigos binários que foram efetivamente executados nas urnas eletrônicas.

Segundo relatou a Defesa, o TSE dificultou muito o trabalho de fiscalização do processo eleitoral, e sequer permitiu aos militares o acesso a diversos códigos-fonte, responsáveis pela contagem de votos. Somente foi permitida a análise de estatísticas, após a apuração dos números.

“O acesso aos códigos se deu pelo computador do TSE”, informou o Ministério. “Cada equipamento tinha uma cópia do código-fonte. A Corte autorizou que os técnicos acessassem a Sala de Inspeção portando somente papel e caneta.”

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