O pastor Silas Malafaia, da Igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo (ADVEC), publicou nesta quarta-feira (05/10), um vídeo para mostrar a participação do ex-governador Geraldo Alckmin, candidato a vice-presidente ao lado de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em uma loja maçônica.
No vídeo, percebe-se que Alckmin chega a elogiar a fraternidade e a mostrar que entende como esta organização funciona e quais são os seus princípios.
“Fiquei muito honrado com este convite e muito feliz. A maçonaria tem valores, ela tem princípios que orientam a existência humana, que constrói uma sociedade melhor, generosa, que enxerga o seu próximo e ajuda quem precisa”, diz no vídeo.
A publicação de Silas Malafaia veio um dia após viralizar um vídeo nas redes sociais, publicado pela esquerda, em que Jair Bolsonaro aparece em uma loja maçônica. O vídeo é bem antigo, mesmo assim, apoiadores de Lula usaram para tentar convencer os evangélicos de não votar em Bolsonaro.
No vídeo, Malafaia brinca com os críticos de Bolsonaro e questiona: “E aí?”.
Antes disso, Malafaia afirmou que não vê problema no vídeo em que o chefe do Executivo aparece discursando em uma loja maçônica. O religioso disse ter procurado o presidente para perguntá-lo se ele é maçom após o vídeo viralizar e relatou que a resposta foi negativa.
“O evangélico não deixa de votar porque um cara que não é evangélico é maçom. Agora, se a gente descobrir que um candidato que se diz evangélico é maçom, ele está ferrado”, afirmou o religioso ao Estadão.
O pastor comparou a situação ao vício em cigarro, que também é desaprovado entre os evangélicos.
“O mundo evangélico é assim: o cara pode ser fumante inveterado e candidato a presidente, nós apoiamos. Se um candidato fuma, o problema é dele, se não for evangélico. Mas se a gente descobrir alguém que se diz evangélico e é um fumante inveterado, ele está ferrado. Nós temos a ideia de que nós não podemos participar de maçonaria, mas isso não vale para outros”, disse. “Esse assunto não é espinhoso para mim, é ‘molinho’. Pegar um vídeo de 2017 em que ele foi a uma loja maçônica em Brasília não muda nada. Ele é candidato de todos”, falou.