O Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) testemunhou uma reviravolta significativa em um caso de assédio sexual envolvendo o pastor evangélico Davi Passamani, criador da igreja A Casa.
O desembargador Silvânio de Alvarenga, que inicialmente havia indeferido o pedido de indenização da vítima, alterou seu voto em um julgamento subsequente, resultando na decisão de que Passamani pague uma indenização de R$ 50 mil para instituições que apoiam mulheres vítimas de violência.
Na sessão realizada em 19 de março, Silvânio provocou controvérsia ao insinuar que a vítima era “sonsa” e rejeitar o pedido de indenização. No entanto, em um novo julgamento em 26 de março, o desembargador reconsiderou sua posição e votou a favor da indenização, contribuindo para um placar final de três votos a dois contra o pastor. A defesa de Passamani tem o direito de recorrer da decisão.
A mudança de voto de Silvânio ocorreu no mesmo dia em que suas falas controversas durante o julgamento anterior foram reveladas em uma matéria exclusiva do Metrópoles, onde ele expressou descontentamento em relação ao que descreveu como uma “caça aos homens”.
Ao justificar sua nova posição, Silvânio destacou que reavaliou o caso e considerou o comportamento de Davi Passamani como “reprovável e reiterado”, ressaltando ainda a posição de poder que o líder religioso mantinha sobre a vítima.
Davi Passamani enfrenta acusações de múltiplas vítimas, com casos anteriores em 2020 e 2023, além de enfrentar uma ação movida por sua ex-esposa, a pastora Giovanna Lovaglio, que obteve medida protetiva para ela e a filha. Em resposta às acusações, o advogado de Passamani, Leandro Silva, afirmou que são falsas e parte de uma conspiração para destituí-lo da liderança da igreja.
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Brasil e Mundo5 dias atrás
