A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) divulgou nota de pesar pelo falecimento do ex-aluno João Pedro R. Feitosa. O médico era o voluntário que participava dos testes da vacina de Oxford e morreu em decorrência de complicações por Covid-19 na quinta-feira (15). As informações são do G1.
“João, acho que poderia nesse pequeno texto lembrar do quão bom médico e aluno exemplar você foi, mas acho que a recordação que vou mencionar a todos aqui será outra. Quero guardar para sempre o quão bom namorado, irmão e amigo você foi. A dor no peito, o vazio e saudade desde que você se foi crescem a cada instante e o que nos dá força nesse momento além do carinho de tantos amigos que você fez na vida é lembrar de como você era”, diz um trecho da nota do Centro Acadêmico Carlos Chagas, da UFRJ.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou, nesta quarta-feira (21) que foi notificada do óbito na segunda (19), e que foi informada que o comitê independente que acompanha o caso sugeriu o prosseguimento do estudo. “O processo permanece em avaliação”, disse a Anvisa.
A Anvisa não esclareceu se o voluntário tomou a vacina ou o placebo. A farmacêutica AstraZeneca informou ao G1 que ainda não tinha um posicionamento sobre a morte.
Após a divulgação da morte, muitas pessoas se manifestaram nas redes sociais. “Quanta tristeza! Meus sinceros sentimentos à família e amigos… que ele encontre muita luz em seu novo caminho”, lamentou uma brasileira.
De acordo com o Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR), responsável pelos testes no Rio de Janeiro, até o presente momento, já foram vacinados aproximadamente 8 mil voluntários. Em nota o IDOR informou que não poderia confirmar a participação de nenhum voluntário no estudo clínico com a Vacina de Oxford.
Contudo, a instituição diz que, diante dos dados coletados em testes em todo o mundo, não existem dúvidas sobre a segurança da vacina.
“Gostaríamos de informar que, após a inclusão de mais de 20 mil participantes nos testes ao redor do mundo, todas as condições médicas registradas foram cuidadosamente avaliadas pelo comitê independente de segurança, pelas equipes de investigadores e autoridades regulatórias locais e internacionais. Vale lembrar que trata-se de um estudo randomizado e cego, no qual 50% dos voluntários recebem o imunizante produzido por Oxford”.
“A análise rigorosa dos dados colhidos até o momento não trouxe qualquer dúvida com relação a segurança do estudo, recomendando-se sua continuidade.
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