Aberto em 2021 para investigar a morte de uma menina de 3 anos durante um ritual de exorcismo na cidade norte-americana de San José, na Califórnia, o inquérito terminou e revelou detalhes chocantes sobre a morte da criança.
O caso voltou aos noticiários nesta semana após as investigações terem sido encerradas pela polícia local. Oito meses após o óbito, o inquérito comprovou que a garota foi torturada em meio à cerimônia organizada pela própria família (avô, mãe e tio).
Parentes da criança admitiram que foram os responsáveis pela realização do tal ritual. Entre eles, o avô Rene Huezo, pastor da Igreja Apóstolos e Profetas, que considerou que a perda da neta se deu pela “vontade de Deus”.
“É difícil para as pessoas entenderem o que aconteceu, mas é coisa de Deus, e tudo está na vontade de Deus, não importa quão pequeno ou grande”, declarou ao Mercury News.
“Se você ler a Bíblia, verá que Jesus expulsa demônios e torna os doentes saudáveis novamente. Não é quando eu quero fazer, é quando Deus, em sua vontade, quer curar a pessoa. O pregador é como um instrumento de Deus; o que fazemos é o que Deus diz”, disse.
Segundo o pastor, a criança “estava com o demônio”, ele resolveu então exorcizá-la. O ritual para “expulsar demônios”, no entanto, fez com que a menina morresse por asfixia.
A mãe da menina, Claudia Hernandez, de 25 anos, ajudou no procedimento macabro e segurou a filha pelo pescoço, esganando-a, até que a criança perdesse os sentidos. Um tio da vítima, irmão de Claudia, também teria participado da sessão.
Nas oitivas dos acusados às autoridades, o religioso alegou que não tinha culpa, pois não escolhe o que faz nesses casos, já que agiria apenas conforme a vontade divina. Todos os envolvidos estão respondendo por homicídio.
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