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Minas Gerais

Colégio do pastor Jorge Linhares é denunciado por publicar vídeo sobre identidade de gênero

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O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) abriu um inquérito para investigar o Colégio Batista Getsêmani, representada pelo presidente da Igreja Batista Getsêmani de Belo Horizonte, pastor Jorge Linhares, após a escola ter publicado um vídeo com crianças comentando sobre ideologia de gênero.

SOBRE A POSTAGEM

No dia 28 de junho, o Colégio Batista Getsêmani, uma das principais escolas cristãs da capital mineira, publicou um vídeo com crianças explicando o intuito da ideologia de gênero e a refuta. Além disso, argumentaram que Deus não erra ao criar meninos e meninas. O vídeo em questão foi produzido em 2017, de autoria do canal ‘O Mundo de Otavio’, um canal voltado para a família, com ensinamentos conservadores para as crianças.

O objetivo da postagem seria em resposta à rede de fast food Burger King, que lançou uma campanha publicitária com crianças para comemorar o Dia Mundial do Orgulho LGBTQIA+. No entanto, a publicação não foi muito bem recebida por alguém, que fez questão de denunciar o Colégio ao Ministério Público, bem como seu representante, o pastor Jorge Linhares. Assista abaixo:

 
 
 
 
 
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Uma publicação compartilhada por Colégio Batista Getsêmani (@colegiobatistagetsemani)

INTIMAÇÃO

O pastor Jorge Linhares recebeu nesta semana uma intimação para explicar a postagem. Segundo o Ministério Público de Minas Gerais, o líder da Igreja Batista Getsêmani pode ser investigado por discriminação de identidade de gênero, por causa da publicação.

A filha de Jorge Linhares, a também pastora Daniela Linhares, publicou um vídeo nas redes sociais do pai exibindo a notificação e criticando a decisão do MPMG de investigar religioso por discriminação. O pastor deverá prestar esclarecimentos por videoconferência no dia 02 de agosto.

Além disso, a notificação assinada pelo promotor Mário Konichi Higuchi Júnior, orienta que em caso de impossibilidade de acesso à internet, o líder religioso deverá comparecer presencialmente à unidade do Ministério Público em Belo Horizonte, na data informada.

APOIO

Jorge Linhares recebeu centenas de apoio, após a abertura do processo pela Justiça. Evangélicos criticaram a denúncia e pediram o arquivamento imediato do inquérito.

A Frente Parlamentar Evangélica do Congresso Nacional publicou uma nota lamentando a decisão do Ministério Público de MG. Segundo eles, a decisão é ilegal. Além disso, ressaltou que a Constituição Federal diz que é inviolável a liberdade de consciência e de crença. Leia a nota abaixo:

A Associação Nacional de Juristas Evangélicos (ANAJURE), também se manifestou sobre a denúncia e a abertura do processo contra o pastor e sua escola. Segundo eles, “o posicionamento adotado por uma escola confessional em oposição às teorias de gênero está albergado pela liberdade de expressão e de consciência e crença”.

“Direitos que possibilitam a transmissão de ensino que esteja em conformidade com os valores que norteiam a instituição. Assim, a princípio, causa-nos estranheza a notificação encaminhada pelo Ministério Público, especialmente porque o vídeo em questão, ainda que expresse discordância quanto às teorias de gênero, não estimula qualquer conduta discriminatória”, disse a nota.

“Pelo exposto, a ANAJURE comunica que (1) está em contato com o Colégio Batista Getsêmani; (2) seguirá monitorando os desdobramentos do caso; (3) e estará pronta para tomar as medidas cabíveis caso configuradas ofensas à liberdade de expressão e de consciência e crença”, finalizou.

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