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Justiça manda Google apagar canais cristãos por intolerância religiosa; entenda

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Justiça manda apagar canais cristãos do Youtube - Imagem: Shutterstock

A Justiça do Rio de Janeiro ordenou que o Google retire do ar quatro canais evangélicos do YouTube por promoverem discurso de ódio e intolerância religiosa. Todos os canais são ligados à mesma instituição religiosa: a Igreja Pentecostal Geração Jesus Cristo, liderada pelo pastor Tupirani da Hora Lores, preso em fevereiro deste ano.

Tupirani da Hora Lores foi preso pela Polícia Federal por discurso contra judeus. Ele também já foi condenado pela Justiça Federal em junho. Considerado um pastor bastante crítico, homofóbico e preconceituoso, Tupirani sempre pregou sobre diversos assuntos polêmicos.

A Justiça Federal o condenou a 18 anos e 6 meses de prisão por crimes de racismo e ódio contra judeus. Isso porque, em culto transmitido pela internet, ele afirmou que “judeus deveriam ser envergonhados como foram na 2ª Guerra Mundial”. Em outras ocasiões, ele discursou contra religiões de matriz africana, pessoas LGBTQIA+ e negros.

Tupirani da Hora Lores no dia em que foi preso, em fevereiro deste ano – Foto: Divulgação

Nesta semana, a 29ª Vara Federal do Rio de Janeiro determinou que o Google retire os canais Geração Jesus Cristo, Geração ao Vivo, Geração de Mártires e Geração de Mártires ao Vivo, todos ligados a Igreja Pentecostal Geração Jesus Cristo.

“Em um Estado laico como o Brasil, devem ser reprimidas as condutas que tendem à intolerância religiosa”, afirma a decisão proferida pela juíza federal Sandra Meirim Chalu Barbosa de Campos.

O Google tem até cinco dias para excluir os perfis, sob pena de multa diária a ser definida.

PASTOR POLÊMICO

Em 2020, o pastor apareceu em um vídeo pedindo a Deus que repita os processos de morte vivenciados pela humanidade no Holocausto promovido na 2ª guerra mundial, quando 6 milhões de judeus, ciganos, gays e pessoas com deficiência morreram em campos de extermínio na Alemanha.

Em 2009, o religioso foi preso preventivamente no inquérito que investigava crimes de intolerância religiosa, injúria qualificada e incitação ao crime, após ele gravar e divulgar vídeos ofensivos.

No âmbito do Supremo Tribunal Federal (STF), Tupirani foi condenado a 3 anos de detenção, em regime aberto, por crimes de intolerância religiosa.

Em 2021, Tupirani foi acusado de racismo e homofobia após afirmar em um culto que a “igreja não levanta placa de filho da puta negro e veado”.

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