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Pastor diz em culto que a melhor pessoa para se estuprar é a esposa

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Um pastor norte-americano sugeriu que os maridos podem estuprar suas esposas. Foi durante um culto sobre ‘submissão da esposa’ que o religioso da Igreja Adventista do Sétimo Dia de Nova York, nos Estados Unidos, que ele proferiu a fala.

Burnett  Robinson fez a declaração durante um sermão de 13 de novembro. Ele é um dos líderes da Igreja Adventista do Sétimo Dia Grand Concourse, localizada no bairro do Bronx.

“Nesta questão de submissão, quero que saibam, senhoras francamente, que, uma vez que se casem, não serão mais suas. Você é do seu marido. Você entende o que estou dizendo? Enfatizo isso porque vi no tribunal outro dia na TV uma senhora que processou o marido por estupro. E eu diria a vocês, senhores, a melhor pessoa para estuprar é sua esposa. Mas então ele foi legalizado”, disse o pastor no altar da igreja.

O religioso estava pregando a partir de uma passagem da Carta aos Efésios do Novo Testamento, na qual o apóstolo Paulo diz: “Mulheres, submetam-se a seus próprios maridos, como ao Senhor”.

O vídeo, de pouco mais de 1 minuto e meio, foi publicado na internet. Logo, a declaração do religioso viralizou na web e chegou inclusive até a Associação da Grande Nova York da SDA e sua Divisão Norte-Americana.

Além disso, fiéis criaram uma petição na Change.org pedindo a renúncia de Robinson de seu cargo.

DEMISSÃO

Após a repercussão da fala do pastor, um porta-voz da conferência regional da SDA, disse que o pastor pediu demissão após a fala.

“O pastor Burnett Robinson renunciou ao cargo de pastor sênior da Igreja Adventista do Sétimo Dia do Grand Concourse”, disse o porta-voz. “A Associação dos Adventistas do Sétimo Dia da Grande Nova York reconhece que muitos foram profundamente prejudicados pelos sentimentos expressos por Robinson. As opiniões que ele expressou estão erradas e não são aceitas por nossa igreja. A violação e a agressão sexual de mulheres são crimes e devem sempre ser tratados como tal”, disse Kevin Lampe.

Ainda na nota, a Igreja Adventista do Sétimo Dia afirmou que vai continuar a educar e aconselhar seus pastores, alunos do seminário e funcionários a “compreenderem plenamente que esse tipo de retórica é repugnante e inequivocamente inaceitável”.

“Continuaremos a orar e buscar nos tornarmos defensores mais fortes em nome dos sobreviventes e daqueles que ainda vivem com a violência e o abuso. A Igreja Adventista do Sétimo Dia condena qualquer linguagem ou comportamento que perpetra ou incentiva qualquer tipo de violência contra as mulheres. Nós humildemente nos desculpamos e pedimos perdão”, finalizou a nota.

PEDIDO DE DESCULPAS

Na Conferência da Grande Nova York, que aconteceu na última segunda-feira, líderes anunciaram que o pastor pediu desculpas pelas declarações. Segundo eles, Robinson disse que “lamenta profundamente a declaração e sabe que causou danos e deu um pedido de desculpas sem reservas”.

A conferência também declarou que os representantes se encontraram com Robinson e o colocaram em licença administrativa imediata.

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