Política
Polícia Federal liga para pastor Anderson Silva após declaração polêmica sobre Lula
Publicado
9 meses atrásem
Por
RedaçãoO pastor Anderson Silva, que foi líder da igreja brasiliense Vivo por Ti, esclareceu, em suas redes sociais na última sexta-feira (28/01), que recebeu uma ligação da Polícia Federal (PF) em relação a declarações feitas em um podcast no seu canal no Youtube, onde pediu que evangélicos orassem para que Deus “arrebentasse a mandíbula” do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A controvérsia teve início em maio do ano passado, quando Anderson Silva, em um vídeo, instigou os evangélicos a orarem para que Deus intervisse na vida de Lula. A repercussão levou o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, a acionar a PF para investigar o pastor por incitação à violência.
Em sua defesa, o pastor alega que a declaração é uma metáfora utilizada pelos salmistas, que clamam a Deus para lidar com a autoridade de seus opositores. “A mandíbula é onde o opositor dá a mordida, então o salmista clama a Deus para que Deus lide com a autoridade que o opositor tem”, explicou Silva, mencionando versículos da Bíblia, como Salmos Capítulo 2, Salmos Capítulo 3, Salmos Capítulo 58 e Apocalipse 2:22.
Durante a conversa com os membros da PF, Silva ressaltou que não incitou crime algum e não desacreditou as instituições, embora tenha expressado desconfiança em algumas delas. Ele afirmou que o inquérito não teria sido aberto se as mesmas frases tivessem sido ditas na presença de outra pessoa no podcast.
No vídeo de maio do ano passado, que gerou a controvérsia, Silva fez a seguinte declaração: “Falta a gente orar assim: senhor, arrebenta a mandíbula do Lula. Senhor, prostra enfermos os ministros do STF para que eles te conheçam no leito de enfermidade”. No esclarecimento atual, o pastor reforçou que se tratava de uma oração imprecatória, seguindo a tradição dos salmistas, e que não incitou violência contra ninguém.
O caso permanece sob investigação da PF, e Anderson Silva reafirma que se sente alvo de “perseguição política”. O pastor estava acompanhado do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) no vídeo de maio do ano passado, onde ambos pediam orações contra seus “inimigos”.
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