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Sérgio Moro diz à PF que Carlos Bolsonaro integrava ‘Gabinete do Ódio’

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Sergio Moro, ex-ministro da Justiça, disse à Polícia Federal que o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) é ligado ao “gabinete do ódio”, grupo de assessores no Palácio do Planalto que usa as redes sociais para atacar adversários políticos do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Moro também afirmou que ministros do governo sabem disso e sugeriu uma investigação. As informações foram reveladas pelo jornal O Globo.

O depoimento aconteceu no último dia 12, na ação que investiga atos antidemocráticos. Moro afirmou que, depois que saiu do governo, passou a ser alvo de ataques do “gabinete do ódio”, mas não soube nominar as pessoas responsáveis pela prática de tais condutas.

Quando perguntado especificamente sobre alguns nomes, Moro disse que o envolvimento de Carlos Bolsonaro é comentado por ministros do Palácio do Planalto.

“Indagado se tem conhecimento do envolvimento de Eduardo Bolsonaro, Carlos Bolsonaro, Tercio Arnaud, José Matheus, Mateus Matos em quaisquer dos fatos ora mencionados, respondeu que os nomes de Carlos Bolsonaro e Tercio Arnaud eram normalmente relacionadas ao denominado ‘Gabinete do Ódio’; indagado sobre como tomou conhecimento da relação de tais pessoas com o denominado ‘Gabinete do Ódio’, respondeu que tomou conhecimento por comentários entre ministros do governo; indagado sobre quais ministros citavam a participação de Carlos Bolsonaro e Tercio Arnaud no ‘Gabinete do Ódio’ respondeu que eram ministros palacianos”, diz o depoimento, conforme relatado pelo jornal.

O ex-juiz foi perguntado sobre quais ministros teriam falado sobre isso com ele, mas disse que seria necessário apurar.

Moro ainda relatou que o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), é outro alvo do “gabinete do ódio”. Segundo Moro, existe uma “animosidade” entre Bolsonaro e Maia.

O ex-ministro recomendou que a Polícia Federal investigue a atuação do gabinete do ódio, perguntando inicialmente para o Secretário de Governo, Luiz Eduardo Ramos, para o Ministro do Gabinete de Segurança Institucional, General Augusto Heleno, e para o Secretário de Comunicação, Fábio Wajngarten. Segundo Moro, esses ministros podem dar mais esclarecimentos.

Carlos Bolsonaro já negou, inclusive em depoimento à Polícia Federal, qualquer envolvimento com o “gabinete do ódio”. Hoje ele criticou Sergio Moro por causa das declarações no depoimento.

“Não há qualificação para mais essa tentativa boçal. Saudades de viver em um mundo onde homens eram homens!”, escreveu Carlos no Twitter.

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