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Ruivinha de Marte diz que foi rejeitada pela igreja: “Fui muito humilhada”

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Ela se tornou um fenômeno no TikTok, com mais de 13,7 milhões de seguidores na rede social. A Ruivinha de Marte, codinome de Anny Bergatin, viu seus vídeos tornarem virais na plataforma. Como resultado, ganhou fama em todo o Brasil.

A cantora de 24 anos, estudante de jornalismo, postou seu primeiro vídeo no TikTok em junho de 2020, e hoje já possui quase 14 milhões de seguidores em seu perfil pessoal.

O sucesso é tanto que Ruivinha de Marte tem participado de diversas entrevistas. E em uma delas que aconteceu recentemente, contou como era sua vida antes e depois da fama. Segundo ela, ela era muito humilhada e rejeitada pelos evangélicos das igrejas que frequentava.

CANTORA GOSPEL

Em conversa com Joao Victor Marchini e MC Baroni, no Fala Memo PodCast, na semana passada, Ruivinha de Marte disse que a primeira vez que cantou na frente do público, foi em uma igreja evangélica.

Segundo ela, foi um convite feito pela igreja para cantar no altar, mesmo ela não sendo batizada. Neste dia, disse que estava com uma vestimenta considerada por ela “muito periguete”. Mas, cantou e ficou até o final.

Depois disso, falou que começou a ouvir algumas cantoras gospel, se inspirando e aprendendo técnicas vocais. Paralelamente, Anny cantava na igreja. No entanto, algo lhe deixava bastante triste.

“Eu era sempre a segunda opção na igreja. Eu me considero uma voz bonita, mas toda vez que alguém faltava, me chamava para ‘quebrar o galho’”, relembra.

HUMILHADA E JULGADA

Um certo dia, disseram para ela que naquele dia ela iria ministrar o louvor. Era a primeira vez que ela não iria substituir ninguém, e por causa disso, se preparou bem.

Mas, no momento do louvor, o pastor chamou outra cantora, que estava presente no momento. Ela também havia sido chamada para louvar naquele dia. Ruivinha de Marte ouviu uma fala de alguém da igreja, após o episódio que lhe deixou bastante chateada.

“A dona do projeto da música abaixou no pé e falou: ‘Me desculpa porque a tua música é muito agitada, não pode’. Eu peguei minha Bíblia, coloquei embaixo do meu braço e fui embora daquela igreja chorando”, disse ela.

“Era muito julgada. Era gente me humilhando, falando que eu era feia, magrela, que eu era a mais feia da igreja. Fui chamada uma vez por uma moça que me perguntou: ‘Você é ruiva natural?’. Eu disse que não e ela me falou que não podia cantar na igreja”, relembra Ruivinha de Marte.

O INÍCIO DA FAMA

Segundo ela, tudo isso aconteceu em 2016, e a partir das críticas que recebia, começou a perder a vontade de cantar. Além disso, evitou-se postar vídeos dela cantando nas redes sociais por ter medo do que iriam comentar sobre ela.

“Eu achava que só na igreja ia poder cantar, só na igreja eu ia poder expor meus talentos que eu tinha. Mas, chegou um tempo que não deu mais. Infelizmente, eu era muito julgada. Sofria mais dentro da igreja. Muitos falavam: ‘Ah, não vai pro mundo, não sei o que’, mas dentro da igreja eu não era acolhida”, disse ela.

“Comecei a cantar algumas músicas que não eram da igreja, joguei nas redes e as pessoas comentavam. Eu nunca foquei na música assim, eu sempre tive insegurança com que as pessoas iam falar, e aí do nado as pessoas descobriram. Era a pessoa que começou no morro, e aí foi um choque pro Brasil”, completou ela.

Nascida em Urucará, no Amazonas, e criada em Manaus, Ruivinha de Marte diz que criou o nome artístico em 2018 para ter uma identidade diferenciada nas redes sociais.

Anny teve o primeiro vídeo viralizado em junho do ano passado, com uma dancinha “desengonçada”. O sucesso veio em meio a pandemia do novo coronavírus.

A jovem lançou neste mês seu primeiro trabalho como cantora, um brega funk, que já ultrapassou 2 milhões milhões de visualizações no YouTube.

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