Deputada trans Erika Hilton recorda fase evangélica: “Preguei e tirei demônios”

Erika Hilton, conhecida deputada federal pelo PSOL-SP, participou recentemente do programa “Dellamake”, onde compartilhou com a apresentadora Bianca Dellafancy, pormenores sobre sua vida pessoal e trajetória.

Durante a entrevista, a parlamentar, que é uma mulher trans, relembrou sua infância e a forma como sempre se identificou dentro da sigla LGBTQIA+.

“Me converti e batizei na igreja, preguei e tirei demônio. Evangelizei. Não durou muito tempo, mas aconteceu. Não foi para mim”, contou Hilton, revelando um período de sua vida em que esteve ativamente envolvida com práticas religiosas.

“Eu sempre fui eu. Tive uma infância muito privilegiada e sempre pude ser uma criança viada. Para minha família, sempre foi normal”, completou.

A atuação de Hilton enquanto deputada tem gerado repercussões, principalmente quando o tema é a defesa dos direitos da comunidade LGBTQIA+.

Recentemente, ela moveu uma ação no Ministério Público Federal (MPF) contra o deputado Pastor Sargento Isidório (Avante-BA) após um comentário que foi entendido como transfóbico durante uma sessão sobre casamento homoafetivo. Isidório referiu-se a Hilton como “meu amigo”, e ela pediu que o deputado fosse processado por transfobia, além de requerer R$ 3 milhões por danos morais coletivos.

Além deste caso, Hilton e outros deputados do PSOL solicitaram ao MPF a investigação da Igreja Assembleia de Deus em Goiás, após a morte da influenciadora Karol Eller. Eles questionaram a suposta prática de ‘cura gay’ pela igreja. No entanto, não há evidências concretas de tal prática.

Erika Hilton também denunciou o pastor André Valadão, da Igreja Batista da Lagoinha, alegando que o líder religioso incitou violência contra a comunidade LGBTQIA+. Valadão defendeu-se alegando que apenas citava um trecho bíblico.

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