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Justiça condena Luciano Hang por ofensas a padre Júlio Lancellotti

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Luciano Hang e padre Júlio Lancelotti - Foto: Reprodução/Instagram

O Tribunal de Justiça de São Paulo condenou nesta terça-feira (23/08), o empresário Luciano Hang, dono da Havan, a indenizar o padre Júlio Lancellotti, da Pastoral do Povo da Rua, por danos morais por tê-lo ofendido de “bandido”.

Luciano terá que pagar R$ 8 mil ao religioso. O caso aconteceu em maio, em um grupo no WhatsApp. Nas conversas, reveladas pelo portal Metrópoles, o empresário critica o padre após a publicação de reportagem em que ele aparece ajudando pessoas em situação de rua no frio de São Paulo.

“Quem defende bandido, bandido é”, escreveu Hang sobre o religioso no grupo privado Empresários & Política após ter comentado uma reportagem do site Brazil Journal que mostrava o trabalho social do pároco. Além disso, Hang também criticou o Lancellotti por sua relação com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“É da turma do Lula. Hipocrisia pura. Temos que ensinar a pescar, e não dar o peixe. Cada dia que passa é mais malandro vivendo nas costas de quem trabalha”, disse Hang. “Quem defende bandido, bandido é”, acrescentou.

A condenação do empresário foi revelada pelo portal Metrópoles. Nesta quarta-feira (24/08), o site divulgou a decisão da 1ª Vara do Juizado Especial Cível da capital paulista, que concordou parcialmente com o pedido de indenização feito pela defesa do religioso. O valor da ação era de pouco mais de R$ 48 mil.

Então, Padre Júlio moveu uma ação na Justiça contra o empresário. A juíza Eliana Adorno de Toledo Tavares julgou a ação procedente, condenando o empresário. Ela afirmou que Luciano Hang agiu com “claro abuso ao exercício da liberdade de expressão, atingindo a honra do autor” ao chamar o padre de bandido.

Ao portal UOL, padre Júlio disse esperar que “a decisão judicial sinalize e afirme os limites legais da liberdade de expressão que não ofendam e desqualifiquem as pessoas”, e afirmou que nunca ofendeu Hang antes e não pretende fazê-lo.

Ao g1, o Padre Júlio Lancellotti afirmou: “A decisão marca a importância de usar as redes sociais para não ofender e desqualificar as pessoas. [É] Necessária [a] ética nas redes sociais”.

Hang, contudo, ainda pode recorrer da decisão, assim como a defesa do padre Júlio, caso considere a punição insuficiente.

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