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Política

Ex-ministro de Bolsonaro Marcos Pontes pede voto em culto e fiel reage: “Errado isso”

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Marcos Pontes pede voto em culto da Igreja Batista e é interrompido - Foto: Foto: Divulgação

O ex-ministro do Governo de Jair Bolsonaro, Marcos Pontes, tomou uma invertida de um fiel enquanto pedia votos em uma igreja evangélica. O caso aconteceu no final de agosto e viralizou nas redes sociais neste final de semana. Pontes é candidato ao Senado.

Na ocasião, o astronauta participou da celebração dos 80 anos da Ordem dos Pastores Batistas do Brasil. O ex-ministro de Ciência e Tecnologia foi chamado para divulgar sua candidatura durante um culto religioso.

Um homem que estava no púlpito anunciou a presença de Marcos Pontes no culto. Em seguida, pediu para que todos os candidatos a uma função pública dissessem o nome e o cargo a que pretendiam disputar, para que todos pudessem orar por eles.

Pontes disse: “Boa noite a todos. Antes de mais nada queria agradecer por esse convite, estar aqui com vocês hoje. Nós estamos alinhados na mesma direção, a favor do nosso país. Meu nome é Marcos Pontes, eu sou astronauta, ex-ministro de Ciência e Tecnologia e Inovações, ex-ministro de Comunicações, e atualmente candidato ao Senado aqui por São Paulo pelo PL, número 222. Obrigado!”, disse ele.

Pouco depois, a apresentação foi interrompida por um fiel não identificado, que protestou contra a propaganda política:

“Tá errado fazer isso aqui. Essa é a casa do Senhor. Aqui não é lugar de política. Vocês estão todos errados. Eu vim aqui emprestar a minha voz para o culto, eu não vim aqui para fazer isso”, gritou o fiel.

O voto evangélico é um dos principais objetivos da campanha de Jair Bolsonaro (PL) à reeleição e um importante meio para eleger parlamentares afins ao presidente, como o astronauta.

A legislação eleitoral (Lei 9.504/97) proíbe propaganda de candidatos dentro de igrejas e templos religiosos no Brasil. Esses espaços são classificados como bens de uso comum, assim como cinemas, ginásios e estádios. Por isso, quem pede voto durante atos religiosos – de qualquer religião – pode ser punido com multas de R$ 2 mil a R$ 8 mil.

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