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Música Gospel

Kleber Lucas critica hino da Harpa ‘Alvo Mais Que a Neve’ e suplica por uma “teologia preta”

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Em entrevista ao lado de Caetano Veloso, Kleber Lucas criticou o hino ‘Alvo Mais Que a Neve’ - Foto: Reprodução/Redes Sociais

A canção ‘Alvo Mais Que a Neve’ é um dos hinos cristãos mais cantados nas igrejas e nas rádios gospel pelo Brasil, fazendo parte da Harpa Cristã. E, ela está no centro de uma grande polêmica, após ser citada pelo pastor e cantor gospel Kleber Lucas em uma entrevista recente.

Há uma semana, Kleber Lucas foi entrevistado no canal Mídia Ninja, onde também cantou com as presenças de Caetano Veloso e Leonardo Gonçalves. Na conversa, todos falaram sobre questões polêmicas que envolvem a religiosidade do povo brasileiro.

Um dos assuntos que começou a viralizar na noite desta terça-feira (13/12), foi sobre a opinião de Kleber Lucas sobre a canção ‘Alvo Mais Que a Neve’. Na entrevista, o artista criticou a música por, segundo ele, apresentar um discurso “nefasto”.

Segundo o cantor gospel, sua visão sobre a música é que, se algum cristão aceitar Jesus, ficará branco como a neve. Com isso, o músico lamentou que a música é cantada por muitos brancos e negros com lágrimas nos olhos pelo fato de “ser uma canção lindíssima, de uma memória família e cúltica”.

No entanto, segundo ele, trata-se de um discurso “nefasto” e “de dominação”. “Porque o sangue de Jesus me torna branco. As ideias de embranquecimento estão no hino”, disse ele.

Para Kleber Lucas, “há um distanciamento, um caminho a ser percorrido”. Ele ainda explicou, com base nele mesmo, que o Brasil precisa de uma “teologia preta”, que segundo ele, chegou no País recentemente e foi deixado de lado pela Igreja. Ele citou, por exemplo, os ensinamentos de James Cone, um teólogo americano conhecido por sua defesa da teologia negra e da teologia da libertação negra.

Kleber Lucas, então, questiona: “Por que a igreja evangélica brasileira, de pretos, de maioria negra, continuam cantando ‘Alvo Mais Que a Neve’?. A mensagem que chegou no Brasil na segunda metade do século XX, que pendura em muitos púlpitos dominicais, é uma mensagem branca, é uma mensagem de embranquecimento”.

Finalizando o assunto, o cantor disse que existe no País uma resistência que cresce forte contra essa teologia.

Nas redes sociais, Kleber reforçou sua fala sobre o assunto: “O cristianismo teve papel fundamental na implementação de um projeto de dominação racial na colonização. Hoje no Brasil, tardiamente, há correntes de pensamentos, encontros, discussões sobre uma “Teologia Preta”.

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